José Mourinho no banco do Benfica frente ao Atlético - Foto: Sérgio Miguel Santos
José Mourinho no banco do Benfica frente ao Atlético - Foto: Sérgio Miguel Santos

Mourinho explode: «Não fomos sérios, ao intervalo queria fazer nove substituições»

Treinador do Benfica em declarações no final do jogo frente ao Atlético

José Mourinho, treinador do Benfica, em declarações na zona de entrevistas rápidas da RTP, após a vitória sobre o Atlético na 4.ª eliminatória da Taça de Portugal.

- O Atlético fez um trabalho extraordinário. Vi-os jogar em Mafra num jogo do campeonato, fizeram um jogo extraordinário e percebi que tinham qualidades para nos tornar o jogo complicado. Mas a nossa primeira parte é pobre. E é pobre ao nível do que mais me dói, que é a atitude. A atitude foi pobre. Houve muitos jogadores que não foram sérios e não encararam as coisas como deviam encarar. Ao intervalo fiz quatro substituições, mas queria ter feito nove. Com os jogadores ao intervalo, disse os dois que estavam a levar o jogo a sério e que eu gostaria de manter em campo. Os outros nove não estavam. Na 2.ª parte melhorámos muito, o atlético já não conseguia sair com a mesma qualidade e era só uma questão de tempo para marcarmos. A 2.ª parte agradou-me porque a atitude melhorou.

Rodrigo Rêgo estreou-se, é para continuar?

- É para continuar. Não posso dizer se é para continuar como titular, não posso dizer se na quarta-feira contra o Ajax jogará ou não, mas sigo com a máxima atenção os jogadores das camadas jovens e eu sabia uma coisa do Rêgo: não sabia se seria capaz de fazer um grande jogo, mas sabia que não me ia trair. E eu não gosto de jogadores que me traiam, ou seja, que não joguem nos seus limites. Eu sabia que o Rêgo não o ia fazer. Conseguiu um jogo muito positivo, muito equilibrado e era um dos dois que eu não tirava ao intervalo.

Mudou o sistema para este jogo, mas ao intervalo voltou atrás.

- Não tem nada a ver uma coisa com a outra. O que não resultou foram os jogadores que estiveram em campo. Eu não queria individualizar porque é uma coisa que se deve fazer internamente, mas para tirar alguns dos jogadores que eu queria tirar, era preciso mudar o sistema. E tivemos jogadores que desde o primeiro minuto que não estiveram cá. E isso para mim é inaceitável. Já disse a alguns que não me venham bater à porta a perguntar por que razão não jogam.

A sua mensagem está a custar a entrar?

- Acho que a mensagem não é minha, é geral. Dos benfiquistas. No meu caso, eu sou o treinador e o responsável. Os jogadores têm responsabilidade comigo e com os benfiquistas. E há coisas em relação à atitude que não são aceitáveis.