Mora transformou monotonia em algo atraente à vista (as notas do FC Porto)
(6) Diogo Costa – Traído pelo desvio de Bednarek no remate de Alanzinho que consumou o 1-0, com a bola a fazer arco perfeito, não tendo hipótese de evitar o golo. Susto, aos 66’, quando Benny tentou, à entrada do meio-campo do FC Porto, chapéu longo, que saiu ligeiramente por cima da barra. Muita atenção num remate forte de Diogo Travassos, desviando a bola pela linha de fundo, com a ponta dos dedos.
(6) Alberto – Andou muitas vezes em zonas pouco naturais para um lateral direito, optando, com frequência, por entrar em zonas interiores e até em ir ao lado esquerdo, sempre na tentativa de criar desequilíbrios atacantes. Porém, sem grande eficácia.
(6) Bednarek – Três cortes imperfeitos deram origem ao 1-0, mas dificilmente poderia ter feito melhor. De resto, a imponência do costume daquele que já é o patrão da defesa azul e branca.
(6) Kiwior – Muito menos trabalho do que o compatriota do eixo da defesa. Passou a lateral-esquerdo quando Prpic substituiu Francisco Moura e não permitiu lances de perigo pelo seu lado.
(6) Francisco Moura – Muito trabalho frente ao irreverente Diogo Travassos e, por vezes, também perante Dinis Pinto. Quase ficou sem camisola, perto do intervalo, após puxão ininterrupto de Cédric Teguia. Subiu de rendimento no segundo tempo, defendendo bem e atacando com muito mais perigo. Saiu quando Farioli quis aumentar o caudal ofensivo, com a entrada de Prpic para central e a passagem de Kiwior para o lado esquerdo.
(5) Alan Varela – Distribuiu jogo à direita e à esquerda de forma simples, mas sempre sem criar desequilíbrios.
(4) Froholdt – Remate fraco a abrir o jogo e sem enquadramento. Sofreu depois, em cima do intervalo, puxão de camisola de Yan Lincoln e o árbitro, após ajuda do VAR, assinalou o óbvio penálti. E foi tudo. Não teve a dinâmica com que apareceu no FC Porto e que é a sua imagem de marca.
(5) Gabri Veiga – Muito bom remate, de primeira, para aquele que poderia ter sido o primeiro golo do FC Porto. Porém, estava em posição ilegal e, por isso, o lance foi anulado. Quis muitas vezes partir para cima do adversário, sempre sem perigo. Saiu cedo para entrar Mora, o homem do jogo.
(5) Pepê – Primeiro tempo muito fraco, desaparecido de todas as manobras atacantes. Destaque, até ao intervalo, apenas para um corte, junto da área do FC Porto, quando Diogo Travassos, isolado na direita, poderia criar perigo. Mais ativo após o descanso, mas sempre longe da sua melhor versão.
(6) Samu – Após duas ténues tentativas de cabeça para chegar ao golo, teve oportunidade de marcar de grande penalidade. E transformou-a em golo, com remate colocadíssimo junto ao poste direito da baliza de André Ferreira. À entrada da segunda parte, remate fortíssimo de pé esquerdo, com André Ferreira a evitar, com bela defesa, o segundo golo do espanhol. Saiu perto do fim para entrar Karamoh, troca que, para quem está de fora, pareceu incompreensível.
(4) Borja Sainz – Mostrou-se forte nos duelos individuais, mas sem capacidade para criar perigo. O único lance de alguma visibilidade foi num cruzamento para o desvio de cabeça, sem perigo, de Samu. Saiu ao intervalo, talvez por já ter visto o cartão amarelo.
(4) William Gomes – Tentou repetir o remate que os adversários já conhecem muito bem, rodando da direita para o centro e rematando de pé esquerdo. A bola saiu bem ao lado da baliza de André Ferreira.
(7) Deniz Gul – Quase não tocara na bola e quase nem na bola tocou para, de cabeça, fazer o segundo golo do FC Porto, após canto de Mora e desvio, igualmente de cabeça, de Kiwior. Os pontas de lança devem ser assim: uma oportunidade, um golo. A vida do sueco não tem sido fácil de azul e branco, mas em Moreira valeu o seu peso em ouro: um remate, um golo, três pontos. Ou mais dois, se quisermos ser exatos.
(5) Prpic – Bom corte, já na compensação, sobre Dinis Pinto, quase na linha de fundo.
(4) Karamoh – Entrou e desatou logo a cruzar bolas para a área do Moreirense. Teve ainda um longo lançamento para a entrada de William, já com o FC Porto em vantagem, que nada deu.