Missão Mundial: Seleção tem passaporte para carimbar em estádio que é talismã

O que aconteceu em Dublin ficou em Dublin e, domingo à tarde, a missão da Seleção Nacional é clara: ganhar ou… ganhar. Para evitar contas complicadas — ou pensar no play-off —, Portugal só precisa de vencer a Arménia para confirmar a presença no Mundial do próximo ano, que vai realizar-se nos Estados Unidos, México e Canadá.

Cumprido esse desígnio (e nem se concebe outro cenário), será a nona presença das Quinas na maior cimeira de futebol à escala planetária. E se a diferença de poderio para o adversário funciona, por si só, como obrigação, Roberto Martínez e companhia sabem que poderão contar com casa cheia — já foi anunciada lotação esgotada — num estádio que é verdadeiro talismã.

Os números não deixam margem para dúvidas. No século XXI, nenhum recinto serviu de palco a mais apuramentos do que o Dragão. A conta vai em quatro. O primeiro foi em 2007, para o Europeu do ano seguinte, e foi preciso esperar 15 anos até ao seguinte, para o Mundial 2022, com um triunfo sobre a Macedónia do Norte. A partir daí, Portugal não mais se cansou dos ares da sorte da casa do FC Porto: a presença no Euro-2024 teve sotaque da Invicta, assim como a passagem aos quartos de final da Liga das Nações vencida já este ano. Portanto, três apuramentos consecutivos. E importa não esquecer: qualificações à parte, foi no Dragão que a Seleção levantou o troféu da edição inaugural da mais recente prova da UEFA, em junho de 2019.

O histórico global no palco da Invicta também alimenta o otimismo. Em 15 jogos, a única derrota da equipa das Quinas aconteceu… logo no primeiro. Na partida de abertura do Euro-2004, a Grécia chocou Portugal (2-1). Passaram 21 anos e nunca mais a Seleção Nacional sentiu o sabor amargo da derrota no Estádio do Dragão: foram 11 vitórias e três empates desde então.

Com perto de 50 mil adeptos a puxar pela equipa das Quinas a partir das 14h00, estarão reunidos os ingredientes para mais uma passagem de sucesso da Seleção pelo reduto azul e branco, mesmo que a ausência de Cristiano Ronaldo possa tirar algum entusiasmo. Ainda assim, os jogadores quererão dar resposta imediata após a pálida imagem deixada na República da Irlanda, onde a um resultado negativo (0-2) se juntou uma exibição francamente pobre. É hora de virar a página, olhar para o Mundial-2026 e gritar «presente!»

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