Márquez campeão em lágrimas: «Cometi um grande erro na minha carreira...»

Marc Márquez não escondeu a emoção após conquistar o título mundial de MotoGP de 2025, o seu sétimo na categoria rainha e o primeiro desde a temporada de 2019.

Contudo, este título é certamente mais especial do que os seis anteriores, pois surge após anos muito difíceis para o espanhol, que começaram com uma grave queda em Jerez no início da temporada de 2020. Depois disso, foi submetido a um total de quatro cirurgias complexas na mão direita e, apesar de em alguns momentos ter estado perto de se retirar do campeonato mundial, não o fez e hoje voltou a subir ao topo do mundo.

«Não consigo falar. Nem quero lembrar-me do que passei, só quero desfrutar do momento. Foi muito difícil, mas agora estou em paz comigo mesmo, tudo isto faz parte de mim. Cometi um grande erro na minha carreira ao regressar demasiado cedo, mas depois não parei de lutar e venci novamente. Agora estou em paz comigo mesmo», disse um emocionado Márquez, em lágrimas, nas primeiras declarações logo após a corrida.

Pouco depois, à DAZN, explicou um pouco mais: «A primeira coisa que me vem à cabeça é que estou em paz comigo mesmo. Sem querer entrar num ciclo repetitivo, houve muita gente que me ajudou a sair daquela situação, porque, caso contrário, teria sido impossível. As decisões tens de as tomar tu, mas não quero lembrar-me do que passei. Estou em paz, e isso é o mais importante. Não quero mencionar nomes porque nunca mais acabaria, mas eles sabem quem são. O ser humano tem uma capacidade incrível de se esquecer do que é mau e de se focar no que é bom — pelo menos os otimistas, e eu sou um deles. Tentei responder às perguntas dentro de mim, de forma egoísta, olhando apenas para mim, porque foi isso que os meus me aconselharam a fazer, naquele ciclo em que entrei após a queda em Jerez, que ainda piorei com um erro meu.»

Marc deixou também uma mensagem ao irmão, Álex, que o cumprimentou ainda em pista. «Já o disse muitas vezes: o Álex foi quem mais me ajudou, tanto direta como indiretamente, só pelo simples facto de continuar no ativo. As coisas não acontecem por acaso. Na minha vida pessoal estou muito feliz, e na profissional também. O destino quis que o círculo se fechasse aqui, no Japão, que a Honda também estivesse no pódio, e que um dia eu possa descansar, quando tudo isto terminar.»

E ainda se emocionou ao lembrar-se do avô: