Man. United sem magia empata com o lanterna-vermelha, que só tinha dois pontos (crónica)
A jornada 19 e o ano de 2025 acabaram em tom negativo para o Manchester United, de Ruben Amorim e com Diogo Dalot no onze inicial, que empatou a uma bola com o Wolverhampton, último classificado da Premier League, que somou, por isso, o terceiro ponto na classificação.
Sem Bruno Fernandes, Mason Mount ou Kobbie Mainoo, todos eles com problemas físicos, a equipa de Ruben Amorim teve, desde início, muitos problemas no campo da criatividade. Os red devils começaram melhor frente aos wolves, que chegaram a esta partida com a noção de que uma vitória ou um empate significaria acabar a primeira volta do campeonato sem qualquer triunfo, mas sempre com muitas dificuldades em conseguir criar verdadeiro perigo e até permitindo, aqui e ali, que o adversário subisse no terreno e testasse as águas do meio-campo adversário.
Foi ao minuto 27 que surgiu o primeiro golo. Heaven recuperou a bola, conduziu, tentou combinar com Zirkzee, a bola não chegou ao central mas voltou para o neerlandês, que rematou à baliza de José Sá. A bola embateu em Krejci, central do Wolverhampton, traiu o movimento do guardião português e só parou no fundo da baliza.
O golo começou por fazer bem ao Manchester United, que ainda teve nova grande ocasião, num cabeceamento de Sesko que acertou no poste, mas a equipa visitante foi procurando reagir. Os wolves cresceram, Arokodare cabeceou por cima aos 40', Bueno obrigou Lammens a grande defesa com o pé esquerdo no minuto seguinte e, depois de tanta insistência, chegou, em cima do intervalo, o golo do empate: o mesmo Krejci que havia desviado a bola no golo do United apareceu sozinho na área na sequência de um canto para, com um cabeceamento certeiro, fazer o empate.
Se o 1-0 havia sido justo, pelo maior controlo de bola do Manchester United, o mesmo pode dizer-se do tento do empate, sobretudo pelo caudal ofensivo que os visitantes apresentaram no final do primeiro tempo, que terminaram com seis remates, mais um que os anfitriões.
Em busca de mais ideias no ataque, Amorim tirou Zirkzee e colocou o médio Jack Fletcher, muito apagado na partida. Ainda assim, a entrada dos red devils no segundo tempo foi com superioridade, maior velocidade e ainda com duas boas ocasiões. Primeiro, aos 53', Sesko, a passe de Casemiro, apareceu sozinho na área para cabecear, mas atirou à figura de José Sá. Três minutos depois, um atraso de cabeça de Mosquera não teve em conta o posicionamento do guarda-redes português, que, correu, correu e esticou-se o máximo que podia para evitar o autogolo.
O Wolverhampton respondeu e Krejci esteve perto de bisar, mas Lammens impediu o golo com uma grande defesa e ainda tirou o remate na recarga de Mosquera do caminho da baliza. O Man. United controlou a posse de bola no segundo tempo, finalizou mais mas a desinspiração e a incapacidade de encontrar novas ideias, formas de chegar à área adversária, que haviam sido escassas ao longo da primeira hora, quase deixaram de aparecer por completo a partir de então.
Apesar de tudo, a verdade é que um lance bastava para que os três pontos ficassem em Old Trafford. Aos 90'+1, Sesko recebeu na área, rematou, José Sá defendeu e, na recarga, Dorgu fez o 2-1, para explosão de alegria nas bancadas. Uma festa que durou... meros segundos: o dinamarquês estava fora de jogo e o golo não contou. O 1-1 foi o resultado final, o Wolverhampton chegou aos três pontos no campeonato, quebrou a série de 11 derrotas consecutivas com que entrou na jornada 19 da Premier League e o Man. United desperdiçou (mais) uma oportunidade de atacar o top-4, numa exibição que certamente dará muito que pensar e falar a Ruben Amorim.