Luis Suárez não esquece Barcelona: «A minha ideia é voltar»
Luis Suárez, um dos grandes avançados que passaram pelo Barcelona, marcou 198 golos em seis épocas com a camisola dos catalães. Agora ao serviço do Inter Miami, o avançado uruguaio abriu o livro sobre o seu passado no clube pelo qual se sagrou campeão da UEFA Champions League.
Em entrevista ao diário espanhol Sport, Suárez confirmou que continua a acompanhar de perto o emblema agora treinado por Hansi Flick e que a sua ligação ao clube se mantém forte, sobretudo através dos filhos.
«Sim, sempre, constantemente. Os meus filhos também, porque não se deixa de ser adepto, não se deixa de admirar e de ter carinho pelo clube, e ainda mantenho contacto com pessoas de lá», explicou Suárez.
Apesar de ter representado clubes como o Atlético Madrid, Nacional e Grémio após a sua saída do Camp Nou em 2020, o avançado revelou que o futuro após a reforma passa pela capital da Catalunha.
«Continuamos a ter casa lá. O nosso plano é voltar a Barcelona por tudo o que a cidade representa para nós. É uma decisão tomada, por tudo o que nos deu e porque sempre nos sentimos em casa», confessou o avançado.
Ao longo da entrevista, Suárez recordou os seus melhores anos e as exigências do futebol ao mais alto nível. Curiosamente, o uruguaio considera que o seu pico de forma foi atingido antes de chegar ao Barça.
«O Suárez do Liverpool de 2013 ou 2014, a quem tudo corria bem, foi especial. São fases, momentos em que tudo te sai bem e desfrutas. O Suárez do Barcelona era totalmente diferente do Suárez do Liverpool, pelo espaço e pelo papel que tinha de desempenhar», detalhou.
O avançado sublinhou, contudo, a sua evolução tática em Barcelona: «Sempre expliquei que no Barcelona aprendi a jogar num espaço de 10x10, a um toque, algo que não fazia no Liverpool. No Liverpool, tinha 40 metros para correr sozinho, para lutar e fintar. No Uruguai, o mesmo. Isso fez-me evoluir imenso, e o Suárez de 2014 a 2017, que foram os meus melhores anos no Barcelona, também foi muito bom».
Suárez recordou também os momentos mais difíceis, como as fases sem marcar: «Passei por várias fases negativas. O jogador de futebol às vezes é teimoso e não reconhece os maus momentos. Quando não marcava golos fora, ficava irritado comigo mesmo. Depois, isso torna-se uma bola de neve que te afeta. [...] O Barcelona, e na verdade a Europa, exige que rendas a cada três dias, em todos os jogos».
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