Técnico dos vitorianos está confiante na conquista de um bom resultado em Alvalade (Foto: IMAGO)
Técnico dos vitorianos está confiante na conquista de um bom resultado em Alvalade (Foto: IMAGO)

Luís Freire projeta Sporting: «Pode dar o título ao adversário, mas muita coisa a nós»

Treinador do Vitória garante que a sua equipa vai encarar o leão de frente e diz que o foco está no seu grupo de trabalho e nada mais. Qualificação europeia é o objetivo dos vimaranenses

É em Alvalade, diante de um Sporting que joga pelo título de campeão nacional, e esses factos podem fazer crescer a dificuldade do jogo para o Vitória de Guimarães. No entanto, e apesar de tudo, os conquistadores têm também o seu objetivo bem patente e, acima de tudo, dependem apenas deles próprios para garantirem uma qualificação europeia.

Em caso de triunfo no terreno dos leões, na partida da 34.ª e última jornada da Liga, que está agendada para as 18 horas deste sábado, o conjunto vimaranense terminará o campeonato no 5.º lugar e, como tal, foi dessa forma que o duelo com o atual líder da prova foi preparado.

«Encaramos os jogos sempre com a perspetiva de sacar aquilo que nos interessa, neste caso, a vitória. Foi uma semana muito tranquila no que diz respeito à preparação. Sabemos que é um jogo muito exigente, contra o atual primeiro classificado, posição em que tem estado muito tempo durante o campeonato. Vamos para a última jornada em quinto lugar e temos o nosso plano de jogo, sabendo que é importante para conseguirmos o mais importante para a equipa, que são os três pontos», afirmou Luís Freire, na conferência de Imprensa realizada ao início da tarde desta sexta-feira.

O líder máximo do balneário dos minhotos não se coibiu de elogiar a qualidade do Sporting, mas puxou dos galões relativamente ao percurso da formação de Guimarães: «O Vitória fez 52 jogos este ano. Foi a primeira equipa a começar a trabalhar esta época, que fez um extraordinário registo internacional e que chega a esta fase a lutar pelos seus objetivos. Não foi uma equipa que cedeu e estamos todos reunidos à volta do nosso objetivo, dos nossos interesses e do que sabemos que temos de fazer. Sabemos que é um jogo difícil, de extrema exigência para qualquer equipa em Portugal, que pode dar o título ao adversário, mas que também nos pode dar muita coisa a nós. Preparámos a semana de forma tranquila e com toda a gente ligada. É verdade que as coisas não nos correram bem no último fim de semana, mas na segunda volta somos a quarta equipa com mais pontos e temos esse registo em jogos de dimensão superior, onde nos batemos muito bem. Temos muitas coisas para estarmos confiantes para este último jogo.»

Ainda que tenha o seu próprio futuro nas mãos - um triunfo em Alvalade garante o apuramento europeu -, o Vitória de Guimarães sabe que mesmo não vencendo pode segurar o atual 5.º lugar que ocupa na tabela classificativa. Basta, para tal, aos vitorianos fazerem o mesmo resultado do que o Santa Clara, que irá jogar no reduto do Farense. Apesar dessa situação, Freire diz que só se for necessário é que o resultado dos açorianos será acompanhado.

«O nosso jogo ditará muito do nosso futuro, acreditamos nisso. Temos o futuro nas mãos, tal como o Sporting também o seu, e temos de saber jogar o nosso jogo. Se o resultado não aparecer para qualquer uma das equipas, iremos olhar para o resultado dos outros jogos. Mas só no fim. Porque antes temos um jogo e esse é que é o mais importante», comentou.

Gyokeres… como os outros

Desafiado a abordar a individualidade maior do Sporting e do campeonato, Viktor Gyokeres, Luís Freire salientou a importância que o ponta de lança sueco tem nas dinâmicas ofensivas dos verdes e brancos, mas recusou analisar a questão olhando apenas ao goleador-mor da Liga.

«Temo-nos valido do talento individual e pela capacidade dos jogadores em interpretarem as ideias que nós vamos pedindo, mas também da força do coletivo. Na segunda volta sofremos menos de um golo por jogo. Temos um registo defensivo que foi melhorando ao longo do tempo e, portanto, temos formas de encarar cada jogo. Normalmente somos uma equipa que procura sempre jogar, ser agressiva e condicionar o jogo do adversário. Para o Sporting, tal como para qualquer outro adversário, temos a nossa estratégia e sabemos da valia dos jogadores deles. O Gyokeres tem feito muito a diferença no registo do Sporting, é fácil de analisar isso, no entanto, tem de ser através do talento, da capacidade dos nossos jogadores e da estratégia coletiva que teremos de conseguir anular o Sporting e causar-lhes problemas, procurando o nosso jogo», assumiu o técnico dos conquistadores.

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