Liga e desliga: esta taça teve momentos para os apanhados (as notas do FC Porto)
5 Cláudio Ramos — De regresso à baliza, na lógica da rotatividade em jogos nas taças, foi daquelas partidas ingratas para qualquer guarda-redes: três golos sofridos, dois deles de penálti e outro numa situação de 1X0. Nada a fazer, apenas a lamentar.
5 Martim Fernandes — A timidez ofensiva terá uma explicação de âmbito mais estratégico, ainda assim pedia-se mais profundidade pelo corredor. Seguro defensivamente.
4 Pablo Rosario — Foi dele o passe longo a isolar Gabri Veiga para o primeiro golo do jogo, num lançamento pleno de intenção e acerto. Mas quando nada fazia prever o médio que mais uma vez jogou a central teve um erro não forçado de apanhados: perdeu a bola e fez penálti para o 1-1 do Vitória. A partir daí tremeu ele e tremeram todos os colegas.
5 Prpic — Numa noite de tantos erros, foi o elemento mais esclarecido da linha defensiva dos dragões. Seguro nas saídas de bola curtas e longas, incapaz de compensar as falhas gritantes dos colegas.
4 Zaidu — Se não tem o hábito de se destacar quando a equipa vence e joga bem, também não ia sê-lo quando os azuis e brancos jogam mal. Não falhou como os outros, mas em nenhum momento deu sinais de poder sair do seu pé esquerdo qualquer coisa que fizesse a diferença. Sempre que pressionado, teve dificuldades.
4 Eustáquio — Com Gabri Veiga praticamente afastado da manobra ofensiva após a lesão precoce no lance do golo (o espanhol ainda continuou em campo, mas extremamente limitado), teve a responsabilidade de assumir mais o jogo, mas em boa verdade também o internacional canadiano entrou na espiral negativa, incapaz de criar desequilíbrios na chegada à área. Mas foi na área onde não podia escorregar que ocorreu a falha: num timing incorreto, fez penálti e deu o 3-1 ao V. Guimarães.
3 Alan Varela — Voltou à equipa após a lesão que o afastou do encontro com o Nice, mas foi um regresso infeliz: tal como Pablo Rosario, teve um erro não forçado quando era o último jogador da linha defensiva, na sequência de um canto a favor dos azuis e brancos. Perdeu a bola para Samu, deixou que o médio dos vimaranenses corressem meio-campo inteiro na direção de Cláudio Ramos e atirasse para o 2-1. Quando um dos mais insuspeitos falha de forma tão gritante, a equipa sente o impacto como se um tsunami se tratasse.
4 Alarcón — Oportunidade desperdiçada. Francesco Farioli deu-lhe o flanco direito ofensivo para explorar, mas o espanhol acusou a responsabilidade: incapaz de produzir um jogo associativo, abusou dos cruzamentos de longe, a maioria deles condenados à inconsequência. Na única oportunidade de que dispôs, atirou para as nuvens. Terminou o jogo sem oxigénio depois de ter corrido muito. Mas não correu bem.
3 Karamoh — Tal como foi ingrato para Cláudio Ramos sofrer três golos sem nada poder fazer, para o jovem extremo adaptado a ponta de lança foi-lhe pedido o impossível. Ao contrário do guarda-redes, no entanto, tem a agravante de somar muito mais iniciativas e quase todas sem nexo. Claramente um peixe fora de água.
4 Borja Sainz — Muito menos em jogo do que é hábito. Aqui e ali tentou o remate fora da área, mas as intenções esbarraram sempre na defesa vitoriana. Uma presa inesperadamente fácil para os homens de Guimarães.
4 Samu — Farioli foi obrigado a chamá-lo ao intervalo e os primeiros minutos da segunda parte trouxeram mais agitação para a defesa vimaranense, agora mais acossada nos lances aéreos devido à presença física do internacional espanhol. Mas à exceção de um desvio ao primeiro poste a passe de Alarcón (56'), pouco acrescentou ao jogo.
4 Mora — Também entrou no arranque da segunda parte. Ensaiou algumas triangulações, mas só aos 90+2' esteve realmente perto do golo. Não trouxe a varinha com ele.
3 Pepê — Entrou aos 64' para médio interior com a missão de ajudar a pegar no jogo numa zona mais recuada. Mas nenhum dos seus piques resultou e também o brasileiro, que nesta época voltou ao seu melhor nível, conseguiu qualquer desequilíbrio.
3 William Gomes — Habituado a fazer a diferença nos maus momentos, nem um cruzamento lhe saiu bem.
- Alberto Costa — Entrou quando a equipa estava perdida nas suas referências.