Camará celebra o terceiro golo do Vitória - Foto: Rogério Ferreira/Kapta+
Camará celebra o terceiro golo do Vitória - Foto: Rogério Ferreira/Kapta+

Samu com a pólvora e Camara com as balas: as notas do V. Guimarães

Vitória acabou com a invencibilidade interna dos dragões graças a um coletivo muito unido da defesa ao ataque e a dois protagonistas que deram cabo do plano-poupança de Farioli
O melhor em campo: Camara (8)
São 18 anos cheios de entusiasmo e de energia deste avançado francês formado no PSG. Chegou ao castelo campeão pelos sub-19 dos parisienses e com fama de ser uma unidade que pressiona bem os adversários. Talvez Pablo Rosario, que jogou no Nice, tivesse isso presente, porque se atrapalhou com sombra do menino do Vitória, acabando por o travar em falta na área. Não converteu esse penálti, mas assumiu a responsabilidade de marcar o segundo, que trouxe à equipa uma vantagem fundamental que soube gerir até ao fim. Provocou tremenda erosão na defesa portista, nas duas alas.

5 Juan Castillo — Bem protegido pela barreira à sua frente. Atrapalhou-se num remate (aparentemente) inofensivo de Karamoh e voou para deter um disparo de Borja Sainz, mas o lance seria anulado por fora de jogo.

6 Strata — O internacional sub-21 romeno passou no exame mais difícil ao acertar na marcação a Borja Sainz. Valente e destemido, não deu espaço ao portista e deu apoio a Arcanjo, sempre que gozou de espaço.

4 Rivas — Ultrapassado em velocidade por Gabri Veiga, reagiu bem ao infortúnio com dois cortes preciosos na área, ainda na 1.ª parte. Excesso de confiança quase permitia a William marcar, quando o Vitória geria vantagem de 2-1.

7 Abascal — Muito forte na marcação e, incontestavelmente, o farol de uma defesa que se revelou muito unida e solidária. O amarelo que lhe foi exibido não lhe retirou discernimento.

5 João Mendes — Salvo pelo VAR, que detetou uma falta antes do lateral cometer penálti ao tocar a bola com o braço num duelo com Eustáquio. Nada que lhe estragasse a noite: esteve bem a vigiar Alarcón.

6 Mitrovic — Num jogo eletrizante, e por vezes com dureza excessiva, ganhou grande parte dos duelos e foi um dos principais recuperadores de bola do Vitória.

7 Beni — Perdeu algum norte na parte final, mas nada apaga a grande exibição que fez, formando com Mitrovic uma barreira eficaz contra o jogo interior dos dragões.

5 Telmo Arcanjo — O que lhe sobra em arte, falta-lhe em clareza. Bons detalhes com a bola, soube prender bem Zaidu, o que não é manifestamente difícil, mas o último passe nem sempre saiu correto.

7 Samu — Um dos protagonistas do triunfo vitoriano. Viu fragilidade em Alan Varela e pressionou, ganhando a bola e uma avenida sem trânsito para fazer o 1-2. Ainda celebrou o terceiro, mas o lance seria anulado depois do VAR ver falta de Ndoye sobre Pablo Rosario, na área.

6 Nélson Oliveira — Repôs o empate (1-1) numa grande penalidade bem executada, a enganar Cláudio Ramos. O amarelo e os nervos à flor da pele aceleraram a sua saída.

5 Ndoye — Entrou para atacar e relevou-se muito útil... a defender.

5 Gonçalo Nogueira — Garantiu a estabilidade do miolo, não se coibindo a usar de alguma dureza. Tem personalidade este menino de 21 anos.

7 Saviolo — Entrou e fez aquilo que qualquer treinador espera de um bom suplente: ter impacto imediato na dinâmica da equipa. E assim foi, ganhando a grande penalidade que resultou no terceiro golo vitoriano.

(-) Diogo Sousa — Mais um a bloquear o FC Porto.

(-) Lebedenko — Mal deu para transpirar.