Libertadores: Verdão vê sinal vermelho e Flamengo faz a festa na final
LIMA — Mais adeptos em Lima, mais bola nos pés, mais futebol. O Flamengo ganhou – e bem – a Libertadores. Os cariocas são, agora, o primeiro tetra brasileiro na maior competição continental. Nenhuma das equipas fugiu às expetativas, com um dispositivo mais contido por parte do Palmeiras (3-4-2-1), apostando em Khellven e Piquerez nas alas, para reforçarem um trio defensivo em que o capitão Gustavo Gomez era o mais rápido nas marcações à zona dianteira do Flamengo.
Foi, de resto, a equipa do Rio de Janeiro a mais esclarecida durante boa parte do primeiro tempo, no seu 4-2-3-1 que se transformava em permanente ameaça, quando de posse de bola, como resultado da mobilidade de Bruno Henrique, com Samuel Lino e Carrascal arriscando as alas, mas também zonas mais interiores, e Arrascaeta como muleta, muitas vezes mantendo em sentido os mais recuados jogadores do Palmeiras. Para lá das nuances táticas, a primeira parte não teve uma única clara oportunidade de golo. A verdade é muitas vezes se jogou em trinta metros, com linhas defensivas subidas, espaços no terço intermédio diminuídos, marcações rigorosas e alguma (natural) virilidade.
Pedia-se mais velocidade, linhas mais adiantadas, maior capacidade de pressão a Verdão e Mengão para o segundo período. E os cariocas cumpriram. A equipa de Filipe Luís entrou mais agressiva e a beneficiar de algumas desatenções defensivas dos paulistas, conseguindo assim levar o jogo, em grande parte, para o meio-campo ofensivo e, mesmo, para o último terço. E, com Piquerez condicionado pelo cartão amarelo, tendo de medir forças com o lateral-direito Varela (um dos melhores em campo dos rubro-negros), impunha-se a Abel tentar estancar o pendor bem mais ofensivo dos cariocas.
Mesmo assim, com o Flamengo mais intenso, o jogo continuava amarrado no último passe ou na finalização. Até ao pontapé de canto que Danilo finalizou, numa jogada típica, com um central a antecipar-se aos homólogos e a dar justiça ao resultado. Era, finalmente, a vantagem merecida pelo conjunto do Rio e a pressão absoluta para que os paulistas reagissem.
Foi só nesse momento, a perder o jogo, que Abel Ferreira mexeu, com o recurso a Felipe Anderson e a Facundo Torres, colocando mais homens na estrutura ofensiva, pegando no jogo e subindo o bloco de modo a obrigar o Flamengo a defender bem mais baixo do que decerto pretenderia. Porém, mesmo neste período, a equipa de São Paulo conseguiu situações de verdadeiro perigo a seu favor.
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— sport tv (@sporttvportugal) November 29, 2025
Hoje, a festa está marcada para o Rio de Janeiro. O Flamengo, de Filipe Luís e que tem José Boto como diretor desportivo, stá agora à beira da dobradinha, juntando o título brasileiro ao tetra continental. Com todo o mérito.