Lage dá três treinadores como exemplo para pedir «tempo e estabilidade»
Bruno Lage utilizou os exemplos de Jorge Jesus, Ruben Amorim e Sérgio Conceição para pedir tempo e estabilidade no Benfica. Essa foi a mensagem predominante na conferência de imprensa de antevisão da final da Taça de Portugal, e o técnico encarnado até associou esse dado à conquista da Liga pelo rival Sporting, que agora defrontará no Jamor.
«O Sporting está a viver um bom momento da sua vida, que vem de quatro ou cinco anos de trabalho. A base está lá. Acredito que esses anos de trabalho deram vantagem no campeonato. Acredito no trabalho que realizámos estes nove meses e no que podemos fazer no futuro», começou por dizer.
«Sei bem da exigência deste clube. Pergunto assim: nos últimos 15 anos, qual foi o treinador com mais sucesso em Portugal? Jorge Jesus: seis anos de Benfica, três títulos. Se olharmos para um passado mais recente, porventura temos mais dois nomes: Ruben e Sérgio. Isso vai ao encontro de tempo e de estabilidade. Em comum tiveram tempo de trabalho. Mas lanço outro desafio à sala: algum deles sobrevivia ao seu pior registo se estivesse no Benfica», acrescentou Lage, em conferência de imprensa.
«A resposta está na história do nosso clube, nos últimos 50 anos. Independentemente daquilo que eu possa achar do trabalho realizado nestes nove meses, entendemos perfeitamente a importância do campeonato para o benfica, a exigência do clube, e sentimos que temos um troféu muito bonito em disputa, que o Benfica não vence há muito tempo, e que estamos determinados em oferecer essa conquista aos nossos adeptos», acrescentou.
Questionado se não corria o risco de enfrentar cenário idêntico ao de Roger Schmidt, que teve voto de confiança para iniciar uma nova temporada e depois acabou por sair logo no arranque, Bruno Lage colocou o foco no presente: «Sei muito bem o que se passou o ano passado, como sei muito bem o que se tem passado nos últimos anos. Ouvi com agrado as palavras do presidente, com a serenidade necessária para o momento. Reforço aquilo que disse: jamais vou conseguir retribuir aquilo que o Benfica já me deu, e que vim para ser solução e não problema. Sei da importância que é conquistar o campeonato, mas aquilo que é mais importante é o jogo de amanhã.»