«Jogar mal e vencer encontros é a melhor coisa do mundo!»
De volta às finais desde maio de 2022, neste caso no challenger do Porto Open, João Sousa deu voz aos pensamentos na conferência de imprensa sobre a vitória desde sábado sobre o francês Jules Marie e a final de amanhã, domingo, diante do italiano de 19 anos Luca Nardi, 153.º mundial, com quem o vimaranense até se treinou no início da semana no Monte Aventino.
Sobre a vitória:
«Estou contente, como é óbvio, é um dia feliz! Estou contente com esta passagem à final, com o nível a que consegui jogar no segundo set, já que no primeiro foi um bocadinho atribulado em termos de nível. Sabia que ele era um jogador que vinha com muito ritmo de encontros, também podia estar mais cansado por isso, mas tinha noção de que precisava estar agarrado à partida, para ele sentir na pele para passar para a frente no marcador. O publico, no final no tie-break, deu-me força para ser superior e acutilante e fez a grande diferença no encontro. Entrei muito bem no segundo set, elevei o nível de jogo e, a partir do momento em que fiz o break, ele viu uma montanha muito grande à frente e desanimou. Foi um encontro bem jogado, estou contente pelo desempenho e pela vitória. Ganhar quatro encontros seguidos é muito bom.»
Pressão:
«O que fez a diferença foi o um meu foco, que não passava inicialmente por vencer o torneio, mas por tentar saber como me encontrava a nível físico e a nível mental. Apesar de me repetir, o apoio do público, tornou tudo mais especial, cada encontro tem sido quase como uma Taça Davis. Não vim com o foco de vencer e isso tira um pouco da pressão, porque quero é jogar bem e a um bom nível. Não deixa de ser estranho, porque a minha melhor partida do torneio foi a primeira. O nível exibicional não tem sido em crescendo, mas jogar mal e vencer encontros é a melhor coisa do mundo. Sentir que ainda tenho mais para dar e, ainda assim, consigo ganhar encontros. O que conta no final é a vitória e tem caído para o meu lado. Estou feliz por isso.»
Final com Luca Nardi:
«É um jogador jovem, aliás treinei-me com ele no dia em que chegou. Estava à procura de parceiro de treino e ele optou por jogar comigo. Foi uma boa experiência, queria ver como ele jogava, fizemos sets de treino. É um jogador muito perigoso, acho que vai ser top-100. Amanhã [domingo] vai ser mais uma partida para dar o melhor e desfrutar também o momento. Ao longo da carreira, apercebi-me que os momentos de desfrutar são muito curtos. Agora, com mais idade, tenho consciência da importância de saber desfrutar os momentos e amanhã [final] será mais um deles. É uma final pode cair para qualquer lado, espero que seja bonita.»