Jogaço em Paris deixa PSG com a liderança em risco

No regresso das seleções, Luis Enrique optou por levar a jogo uma equipa com muito jogadores que têm sido segundas escolhas. Entre os portugueses, só Gonçalo Ramos foi titular, Nuno Mendes entrou aos 90 minutos e Vitinha não saiu do banco, enquanto João Neves continua lesionado. Entrou melhor a equipa da casa, mas a reação visitante foi fortíssima e antes do intervalo a reviravolta nos pés de Diego Moreira. Os visitantes chegaram ainda ao 3-1, mas seguiu-se vendaval de futebol ofensivo do PSG, que chegou ao empate e assim segurou a liderança, apesar de a poder perder para o Marselha ou o Lyon de Paulo Fonseca.

Por muito que mudem as peças, o PSG não altera nunca a filosofia e os níveis de ambição. No tradicional 4x3x3 a equipa da casa e logo aos 3 minutos Doué deu o primeiro aviso com remate forte que o guarda-redes desviou para canto.

Barcola foi sempre chamado a jogo, foi quase sempre pela esquerda que nasciam os lances de perigo do PSG e o primeiro golo não tardou. Logo aos seis minutos o internacional francês recebeu dentro da área e rematou forte com o pé direito.

O Estrasburgo ainda não tinha entrado no jogo e já estava em desvantagem. Não tardou a reação, que chegou aos 11 minutos num lance em que Chevalier fez duas defesas fantásticas. Primeiro a desvio de calcanhar de Panichelli e logo de seguida a remate rasteiro de Enciso.

A revelação da temporada não se entregava. O Estrasburgo foi uma e outra vez à área do PSG e marcou mesmo, aos 26 minutos. O cruzamento de Guela Doué é perfeito e o golpe de cabeça de Panichelli indefensável.

 E o Estrasburgo não estava satisfeito, atacava, tinha capacidade de empurrar o PSG para junto da sua área em várias situações e ainda antes do intervalo o golo da reviravolta a nascer nos pés de Diego Moreira. Ninguém poderia falar em injustiça. O golo é bonito, mas o passe de Barco, verdadeira obra de arte.

Para a segunda parte exigia-se um PSG bem mais agressivo, capaz de romper as linhas adversárias, mas também travar as transições de um Estrasburgo que continuava a deixar desconfortável a defesa e os médias da formação de Luis Enrique.

Mas voltou a ser Diego Moreira a brilhar na hora das decisões. Aproveitou o erro de Beraldo, fez passe perfeito para Panichelli, que na cara de Chevalier não teve dificuldade em marcar o terceiro do jogo.

Não havia forma de o PSG voltar a mandar no jogo, mas a equipa de Luis Enrique acabou por fazer a diferença num lance individual. Désiré Doué ganhou penálti e Gonçalo Ramos marcou o primeiro golo da temporada na Ligue 1 e também o primeiro na condição de titular. O avançado português ainda perguntou a Luis Enrique se seria ele ou Barcola a marcar, mas o treinador foi claro na escolha.

Luis Enrique sentia que a equipa poderia dar a volta e lançou Ndjantou, Kvaratskhelia e Pacho, mexidas que tornaram o PSG mais competente para os minutos finais. Kang-in Lee acertou no poste, o Estrasburgo ia recuando e Diego Moreira saia de campo exausto. Seriam longos minutos a defender para os visitantes. Tempo a mais para que se segurasse a vantagem e Mayulu chegou mesmo ao empate a 10 minutos do final do encontro depois de um vendaval de futebol ofensivo.

Nas bancadas, os adeptos do PSG acreditavam e essa energia chegou ao relvado, mas o Estrasburgo segurou o ponto, com Nuno Mendes a entrar em campo ao minuto 90.