João Sousa cede final do Porto Open
Que melhor semana podia João Sousa pedir depois de dois meses sem jogar para minorar a lesão crónica nas costas e repensar o futuro no ténis?! Só ganhando a final do Porto Open, naquela que foi a primeira partida por um título desde o ATP 250 de Genebra, em maio do ano passado. Não aconteceu, o italiano Luca Nardi, 153.º mundial, quis presentar-se no dia em que completa 20 anos com o mais importante troféu da carreira. Os parciais de 7/5, 4/6 e 1/6 ditaram o desfecho de uma semana que, apesar de tudo, esteve longe de ser um pesadelo para o vimaranense de 34 anos…
Desde 6 de fevereiro de 2022, quando conquistou o quarto título ATP da carreira, que João Sousa não ergue o troféu de campeão na carreira. Na altura foi no ATP 250 de Pune, na Índia. Bem mais perto de casa esta semana, aliás o tenista português fez questão de pernoitar no lar em Guimarães e deslocar-se diariamente para o Complexo no Monte Aventino, criou oportunidades para ganhar a 10.ª final disputada nesta categoria, atendendo que ao nível do circuito principal soma quatro títulos em 12 finais jogadas.
Este domingo, resguardados do calor por chapéus de chuva, bonés ou qualquer outro objeto que servisse para refrescar e atenuar a canícula, os adeptos que lotaram o court central contribuíram para que esse sentimento de lar nunca se esvanecesse. Nunca faltaram cânticos de apoio, aplausos e muitos «Vamos João» a cada um dos oito breaks enfrentados ou a cada tentativa de quebrar o serviço ao italiano que, apesar de discutir a primeira final de um challenger 125 da carreira, provou ser «perigoso» como Sousa o descrevera depois do primeiro treino no início da semana. E a verdade é que ao fim de 2.14 horas foi o jovem transalpino a festejar.
Apesar da diferença de idades e de experiência, o agora 352.º do ranking, no qual figurou em 28.º, tudo fez para conquistar o sexto título de nível challenger. O último que ganhara foi precisamente há uma década na Guimarães natal, num momento que serviu para catapultar a carreira de Sousa que, meses depois, dava a Portugal o primeiro troféu ATP da história no torneio de Kuala Lumpur. Enfrentou oito pontos de break, evitou apenas dois converteu três perante um serviço potente e colocado de Nardi que assinou seis ases e sete duplas-faltas, contra as três de Sousa. O momento de celebração foi, todavia, do aniversariante. Mas o vimaranense não saiu sozinho. Fez-se acompanhar de confiança de que ainda tem algo para dar ao ténis e muito público que não esquece o que fez pela modalidade.