Catalães golearam a Real Sociedad, por 4-0, graças aos golos de Gerard Martín, Marc Casadó, Ronald Araújo e Robert Lewandowski, isto após o vermelho direto dos bascos, de Elustondo. #DAZNLaLiga

Javi vê o Benfica favorito contra o Barça e fala de carinho e maldição

Antigo médio e adjunto dos encarnados abre o coração numa entrevista ao diário catalão Sport; recorda a «equipa histórica» da qual fez parte, partilha que se sente ainda «muito querido» pelos benfiquistas e acredita que a equipa de Bruno Lage passará aos quartos de final

Javi García, ao contrário, muito provavelmente, dos compatriotas dele, acredita que o Benfica vai ultrapassar o Barcelona e qualificar-se para os quartos de final da UEFA Champions League. Numa entrevista ao diário desportivo catalão Sport, o antigo médio e adjunto dos encarnados, também puxou o filme atrás para justificar a atenção e consideração que ainda desperta nos adeptos das águias. 

«Ainda me reconhecem na rua, claro. Sempre me senti muito querido, em parte porque formei parte de uma equipa histórica. Com o tempo quase todos foram parar a grandes equipas», começou por dizer Javi García, que jogou na Luz três épocas, entre 2009 e 2012, ajudando a conquistar um campeonato e três Taças da Liga, antes de se transferir para o Man. City por 20 milhões de euros, no verão de 2012. 

Convidado a apresentar o Benfica, o espanhol de 38 anos que nas duas épocas anteriores foi adjunto de Roger Schmidt elevou o clube à elite do futebol europeu: «O Benfica é o clube do país, não há equipa nem clube maior. É o que tem mais adeptos, mais sócios, o que mais massa social move. Fala-se de clubes como Real Madrid, Barcelona, Man. United, Manchester City, cada qual com os seus momentos, mas o Benfica está entre eles.»

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Javi estava em Sevilha quando foi entrevistado, mas continua a viver em Lisboa e revelou que vai assistir ao jogo desta quarta-feira com o Barcelona no Estádio da Luz. Também lá estava no triunfo catalão, na fase de liga da Champions, por 5-4. A memória está fresca e Javi García diz que o jogo «foi uma loucura» e que «era impossível estar sentado um segundo». Reconhece que «o Benfica não teve muitas oportunidades, mas aproveitou as poucas que criou». 

«Foi um jogo esquisito, começou bem, houve ocasiões, um autogolo. É verdade que o Barça teve a posse de bola, mas não me lembro de uma defesa de Trubin, porque a eficácia foi tremenda. O golo de Raphinha, por exemplo... É difícil que se repita, não vejo que aconteça, oxalá, do ponto de vista do espectador seja um jogo com muitos golos, mas por ser eliminatória, sabe-se que há segunda mão. Estranharia se houvesse tantos golos», partilhou.

Já causou mais admiração quando revelou quem considera o favorito. «O Benfica está a jogar bem em casa: o Atlético... Mesmo o Barça... não conseguiu vencer, mas o Benfica é muito perigoso em casa e se estiver num dia bom. Quando dizem que uma equipa é mais forte que outra, neste tipo de eliminatórias... Vejo a eliminatória bastante equilibrada... Até vejo o Benfica como favorito! Quando dão um adversário [Barcelona] tão favorito... O Benfica tem muito orgulho e as pessoas pressionam muito. Estou seguro de que vai conseguir um resultado muito bom em casa. Cheira-me... Depois passará mal no segundo jogo em Barcelona, mas dará para passar a eliminatória», atirou. 

Convidado a justificar a atribuição do favoritismo, Javi assinalou que está «praticamente todos os jogos no Estádio da Luz». E rematou, indicando uma fragilidade dos catalães: «Será da minha forma de ver o futebol, mas tem de entrar a 300 por cento e quando joga em casa assim desde o início... Se assustares o Barça de início, jogares no meio-campo deles e fores corajoso... Talvez seja a minha forma de ver o futebol, mas o Barça pode sofrer, tem jogadores, com exceções, sem muita experiência nestes jogos.» 

Javi também foi questionado sobre a história da maldição de Béla Guttmann e revelou que «os jogadores não pensam nisso», porque «cada jogo é um mundo». Admite que é um assunto «curioso» para jornalistas e adeptos, mas tudo depende do que se faz em campo. 

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