Inzaghi e a saída do Inter: «Vou ter saudades de tudo. Se a crítica é o preço a pagar, aceito»

O diretor executivo do Al-Hilal, Esteve Calzada, revelou recentemente em entrevista à BBC que a transferência de Simone Inzaghi para a Arábia Saudita foi decidida pouco antes da final da Liga dos Campeões, na qual o Inter perdeu por 0-5 para o PSG. «Ele tinha um jogo extremamente importante pela frente e pediu-nos para não divulgarmos nada antes da partida. A decisão já estava tomada antes da final, mas nada tinha sido assinado por respeito a ele. Pediu-nos para esperar um pouco, o que é certamente justo», disse, numa espécie de inconfidência.

A final foi disputada a 31 de maio e a direção do Al-Hilal anunciou oficialmente Inzaghi como seu novo treinador quatro dias depois. Após as declarações de Calzada, a imprensa italiana criticou o técnico de 49 ano, sustentando que a iminente saída do treinador pode ter afetado o desempenho dos jogadores do Inter. Inzaghi, que se estreia no banco do Al-Hilal esta quarta-feira à noite, contra o Real Madrid no Mundial de Clubes, rejeitou tais especulações.

«Se a crítica é o preço que tenho de pagar por quatro anos de trabalho no Inter, estou disposto a aceitá-la. No entanto, isso não se compara a tudo o que vivi de bom no Inter - os seus adeptos, a direção, os jogadores e todo o clube», declarou Inzaghi.

«Vou sentir falta de tudo. Incluindo as acusações injustas de que fui alvo durante quatro anos. Ambas as partes concordaram que seria bom para o Inter e para mim seguirmos caminhos separados, embora tenha sido doloroso. Aceitei um novo desafio, saí da minha zona de conforto. Queria mudar a minha forma de pensar, o meu estilo de jogo e experimentar coisas novas. Não havia outra equipa que eu quisesse treinar. Por isso, escolhi o Al-Hilal», justificou.

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