Maradona foi a grande figura da Argentina no Campeonato do Mundo de 1986 (Foto A BOLA)
Maradona foi a grande figura da Argentina no Campeonato do Mundo de 1986 - Foto: A BOLA

Há cinco anos, o mundo perdeu o 'D10s' Maradona

Um dos maiores nomes da história do futebol mundial, Maradona morreu a 25 de novembro de 2020, aos 60 anos. Deixou um legado memorável e ainda hoje é lembrado por todos e, em especial, em Nápoles

Faz hoje, dia 25 de novembro de 2025, cinco anos que o mundo chorou a morte Diego Armando Maradona. Cinco anos desde que o futebol perdeu um dos seus maiores génios e a sua ausência continua a ser sentida. Nesta data, carregada de memória e emoção, o planeta pára para recordar aquele que não foi apenas um jogador, mas um fenómeno cultural, munido de um talento tão puro que marcou gerações inteiras.

E se há lado em que a saudade pesa é em Nápoles, a cidade que o transformou num deus e que quer prestar-lhe mais uma homenagem, quando os azzurri receberem o Qarabag no estádio que orgulhosamente carrega o seu nome.

Diego Maradona (Imago)

O génio

Maradona não foi apenas um futebolista. Foi um fenómeno. Nos primeiros toques no Argentinos Juniors, já era evidente que havia algo de diferente naquele jovem canhoto de baixa estatura, mas de um talento imensurável. No Boca Juniors, consolidou o seu nome, e mais tarde conquistou a Europa, onde viveu o seu apogeu.

Já depois de uma passagem fugaz pelo Barcelona, o mundo inteiro rendeu-se ao génio no Mundial 1986, no México, quando pegou na Argentina e a conduziu, quase sozinho, ao título. O golo do século frente à Inglaterra, nos quartos de final do torneio, em que arrancou do meio-campo para driblar metade da equipa adversária, tornou-se um dos momentos mais icónicos da história do desporto. A polémica e mítica mão de Deus, no mesmo jogo, ficou como marca de um jogador capaz de unir a arte ao caos.

O 'D10s' de Nápoles

Mas se Maradona encantou o mundo, foi em Nápoles que se tornou eterno. O Nápoles era, até à sua chegada, um clube à margem dos grandes poderes italianos. Com ele, transformou-se num colosso temido e respeitado. Conquistou dois campeonatos, uma Taça UEFA, uma Taça de Itália e uma Supertaça, mas conquistou sobretudo o coração de uma cidade inteira.

Adeptos do Nápoles fazem a festa com bandeira de Maradona
Adeptos do Nápoles fazem a festa com bandeira de Maradona

Em Nápoles, Maradona não é uma memória: é um mito vivo. As igrejas exibem murais com o seu rosto, as ruas guardam o seu nome e as gentes napolitanas continuam a querer honrar o seu D10s. Por isso, este dia tem um peso ainda mais especial.

Esta terça-feira, o Nápoles entra em campo no Estádio Diego Armando Maradona, para enfrentar o Qarabag, na UEFA Champions League, e a figura do Pibe de Oro irá pairar sobre o jogo. Na conferência de imprensa de antevisão a esta partida, o treinador Antonio Conte fez questão de sublinhar a importância desta data para o clube e para a cidade. «É o aniversário da morte de Maradona, todos sabemos tudo o que ele significa para o Nápoles. Seria bonito se pudéssemos dedicar uma vitória a ele, algo importante», afirmou o técnico. A cidade quer voltar a homenagear o craque argentino e conta com os atuais campeões italianos para o fazer.

Murais que eternizam Maradona - Foto: A BOLA

Cinco anos depois da sua morte, Maradona continua a ser uma referência universal. É lembrado por pessoas que nunca o viram jogar e idolatrado por quem cresceu com a sua magia. Polémicas à parte, o mundo do futebol recorda-o como um dos maiores talentos da história do desporto-rei, um homem que elevou o jogo e, hoje, mais do que nunca, o futebol recorda que a lenda permanece. Porque Maradona não foi apenas de uma época, foi de todas. E continuará a sê-lo enquanto a bola rolar.

Estádio Diego Armando Maradona tem capacidade para quase 55 mil espectadores - Foto: IMAGO