Morte de Maradona: juíza que anulou julgamento é destituída
A juíza argentina que, em maio, provocou a anulação do julgamento sobre a morte de Diego Maradona foi destituída esta terça-feira. A decisão surge após ter sido provado que colaborou secretamente numa série de televisão sobre o processo, culminando numa semana de audiências perante um júri de magistrados.
Seis meses após a anulação do julgamento, Julieta Makintach foi afastada do cargo e declarada inapta para exercer qualquer função judicial. A decisão foi unânime por parte de um júri especial, composto por magistrados, advogados e legisladores da província de Buenos Aires. A juíza, de 48 anos, integrava o coletivo de três juízes que presidia ao julgamento de sete profissionais de saúde, acusados no âmbito das circunstâncias da morte do astro do futebol em 2020.
A destituição de Makintach foi motivada pela sua participação na preparação de uma minissérie documental sobre o próprio julgamento, na qual seria a protagonista. As suspeitas surgiram em março, durante os primeiros dias do processo, com a presença em tribunal de pessoas que pareciam estar a filmar as sessões, onde as câmaras eram estritamente proibidas.
Após uma suspensão inicial em maio, o julgamento acabou por ser anulado. Um novo «julgamento Maradona» foi entretanto agendado para 17 de março de 2026.