St. James' Park - Foto: IMAGO
St. James' Park - Foto: IMAGO

Gás pimenta e bastões: Newcastle acusa polícia francesa de «violência desnecessária»

Adeptos ingleses foram alvo de gás pimenta e bastões após jogo da Liga dos Campeões contra o Olympique de Marselha. O clube condena o tratamento e exige uma investigação formal

O Newcastle irá apresentar uma queixa formal à UEFA após os seus adeptos terem sido alvo de violência por parte da polícia francesa, na sequência do jogo da Liga dos Campeões em Marselha.

O clube inglês confirmou que irá expor oficialmente as suas preocupações depois de os adeptos que se deslocaram a França terem sido sujeitos a «força desnecessária e desproporcional» durante a escolta policial para a estação de metro, após o final da partida.

Os adeptos, que se deslocavam em grupos de 500, aguardavam pacificamente no Stade Vélodrome e foram retidos no estádio durante cerca de uma hora. Contudo, após a libertação do primeiro grupo, o ambiente escalou rapidamente. O Newcastle relata que a polícia começou a utilizar gás pimenta, bastões e escudos para impedir o avanço dos restantes adeptos, resultando em muitos visivelmente abalados.

«Vários dos seus apoiantes foram agredidos indiscriminadamente pela polícia», afirma o clube, que também reportou relatos de esmagamento na zona superior do setor visitante.

Funcionários do Newcastle no local tentaram intervir, mas a sua ação teve um «impacto limitado nas táticas excessivas» empregues.

Num comunicado, o Newcastle «condenou veementemente» o tratamento dado aos seus adeptos e reafirmou a «importância primordial» da segurança e bem-estar dos mesmos.

O clube exige agora que sejam tomadas medidas: «Apelaremos à UEFA, ao Olympique de Marseille e às autoridades locais para que investiguem formalmente este assunto, de modo a garantir que se aprendam as lições e que este comportamento não se repita.»

O incidente recorda problemas anteriores com adeptos ingleses em França, incluindo os incidentes antes da final da Liga dos Campeões de 2022, em Paris, onde um relatório independente confirmou a responsabilidade da polícia na má organização.