Hansi Flick
Hansi Flick - Foto: IMAGO

Flick recusa mudar de filosofia: «Não sou esse tipo de treinador»

Técnico do Barcelona reiterou que recusa mudar as abordagens táticas, apesar dos resultados negativos

O Barcelona de Hansi Flick voltou a exibir a sua versão mais vulnerável na defesa. A equipa sofreu dois golos em pouco mais de um quarto de hora, com o 2-1 a surgir imediatamente após o empate, e mais tarde permitiu novamente a reviravolta no marcador. Os golos nasceram de perdas de bola que, entre outras coisas, evidenciaram a falta de coordenação da equipa. «Não foi fácil. Criámos oportunidades, mas eles estiveram muito bem. Foram agressivos, como esperávamos», avaliou Flick.

Apesar das fragilidades, o técnico alemão não pondera alterar a abordagem defensiva. «Somos o Barça e queremos praticar o nosso futebol. Podemos falar em mudar tudo, mas eu não sou esse tipo de treinador. Jogaremos com o nosso ADN. Não vamos defender no nosso meio-campo e jogar em contra-ataque para ganhar por 1-0», sublinhou. «Podemos defender no último terço do terreno ou continuar com a nossa filosofia. Vamos fazer as coisas melhor», insistiu.

No seu diagnóstico, Flick apontou a falta de intensidade e a prestação do meio-campo. «O meio-campo pressionou pouco. Perdemos muitas bolas e não foi fácil para a linha defensiva suster os seus ataques rápidos», disse. No entanto, frisou que a linha mais recuada «tem de fazer as coisas melhor». Para o treinador, «quando não há intensidade, não tens hipóteses na Champions».

«No ano passado, quando víamos os golos em fora de jogo, era por um ou dois metros. Este ano estamos com dificuldades, estamos a sofrer», comentou. Ainda assim, o alemão evitou um discurso destrutivo. «Não há desculpas, jogámos com o mesmo onze. Todos sabem que não estamos no nosso melhor momento, mas tento ser sempre positivo. Talvez depois da pausa para as seleções regressem o Raphinha, o Joan Garcia e o Pedri, e o Olmo e o Lewandowski apresentem-se a outro nível», especificou.

Flick dedicou ainda algumas palavras a Lamine Yamal. «Estou contente por ele ter voltado a este nível, mas não sabemos como estará no próximo domingo. O importante é que ele gira esta situação, porque não é fácil. Tem de ter muita consciência sobre como treinar e os tratamentos. Se gerir bem, esperamos que a dor desapareça. Não é fácil», reconheceu.