Lúcia Alves ajudou as encarnadas a vencer o SC Braga - Foto: SL Benfica
Lúcia Alves ajudou as encarnadas a vencer o SC Braga - Foto: SL Benfica

Final épico no Seixal: Patrícia adiou, mas a Muralha caiu

Benfica sofre, insiste e triunfa num duelo decidido ao limite, perante uma Patrícia Morais monumental que levou o jogo ao limite do impossível. Rakel Engesvik fez o golo da vitória aos 90+2'

O Benfica venceu o SC Braga, por 3-2, em jogo a contar para a jornada 7 da Liga BPI.

O Benfica entrou dominante e foi sempre pressionante durante toda a primeira parte, mas, apesar de dominadoras, as encarnadas encontraram um osso duro de roer chamado Patrícia Morais. Durante a primeira parte, a guarda-redes internacional portuguesa somou várias intervenções que foram adiando o golo encarnado (6’, 8’, 20’).

 

O intervalo chegou com o marcador a zeros, muito por mérito da guardiã bracarense, que negou por diversas vezes o golo às encarnadas. O público já percebia: para o Benfica marcar, teria de inventar algo mais do que o habitual.

Aos 50 minutos, a muralha finalmente cedeu, mas não sem honra. Lúcia Alves cruzou de pé direito com precisão e Nycole, suspensa no ar, assinou um cabeceamento irrepreensível para o 1-0. Um golo tão bonito quanto inevitável, perante a pressão constante das águias. 

Mas Patrícia Morais não se rendeu. Aos 54’, voltou a brilhar, desta vez a travar um míssil de Pauleta que levava selo de golo.

E essa energia contagiou as minhotas. À passagem do minuto 62, o SC Braga empatou: livre cobrado por Zoi van de Ven, bola tensa, perfeita, e Ana Rute desviou para o empate. Um golo frio, e o jogo reabriu-se de novo.

O Benfica acelerou e, aos 74’, teve a grande oportunidade: grande penalidade. Mas Christy Ucheibe permitiu mais uma defesa incrível de Patrícia Morais, que parecia crescer a cada intervenção. As bracarenses festejaram como se tivessem marcado.

Só que, um minuto depois, foi o Benfica mesmo a festejar: canto batido e Chandra Davidson fez o 2-1. Era o regresso à vantagem e bem merecida.

Quando tudo parecia encaminhar-se para um triunfo benfiquista, o SC Braga mostrou que sabia voar também. Aos 89’, Gudrún Arnardóttir ganhou nas alturas e, de cabeça, restabeleceu o 2-2. Um golpe tardio, inesperado, que gelou o estádio e devolveu o suspense. Parecia que era o golo que ditaria o resultado final, mas não foi bem assim… 

Três minutos depois, o Benfica respondeu. Davidson trabalhou pela esquerda e encontrou Rakel Engesvik, que no primeiro toque no jogo foi decisiva. Cara a cara com Patrícia Morais, fez o 3-2 e selou a vitória do Benfica.

O Benfica venceu porque teve coração, insistência e… cabeça. Mas a muralha de SC Braga só caiu quando já não podia resistir mais.

Na próxima jornada o Benfica visita o Sporting, enquanto o SC Braga recebe o Racing Power.