André Villas-Boas faz hoje 48 anos - FOTO: FC Porto
André Villas-Boas faz hoje 48 anos - FOTO: FC Porto

FC Porto: os cinco grandes desafios traçados por Villas-Boas no 48.º aniversário

Presidente do FC Porto quer replicar o sucesso financeiro dentro das quatro linhas, construir o CAR, um novo pavilhão, uma nova Casa do Dragão e atingir a fasquia dos 200 mil sócios durante o atual mandato

Após 16 meses de liderança que considerou recentemente violentos, face às enormes adversidades com que se deparou assim que assumiu a presidência do FC Porto, mormente na vertente financeira, André Villas-Boas, que hoje completa o seu 48.º aniversário, tem pela frente novos desafios, que se propõe e cumprir até final do presente mandato, que expira em 2028. O líder dos azuis e brancos, sempre muito bem auxiliado pelas equipas que escolheu para o acompanharem neste projeto de vida de ser o timoneiro do clube do coração, sempre com o firme propósito de salvar o FC Porto do abismo financeiro em que se encontrava, pretende durante os próximos três anos começar por replicar o sucesso que tem tido nos gabinetes, ao inverter a tendência negativa das contas — apresentou o melhor resultado de sempre da história da SAD, com 39,24 milhões de lucro relativo ao exercício referente à época 2024/2025 —na vertente desportiva.

A temporada passada foi reconhecidamente um desastre a todos os níveis, que nem mesmo a Supertaça Cândido de Oliveira serviu para amenizar o fracasso da equipa profissional. Nesse sentido, torna-se imperioso conquistar o campeonato — ou os títulos — a nível nacional, procurando dessa forma voltar ao trilho do sucesso internamente.

Continuar igualmente no caminho da sustentabilidade financeira, nunca dando um passo maior do que a perna, como sucedia no passado, é igualmente um dos desideratos desta Administração da SAD e da Direção do FC Porto. É fulcral ter as contas equilibradas e nesse campo André Villas-Boas tem total confiança na pessoa do CFO José Pedro Pereira da Costa, uma figura que procura sempre passar pelo anonimato, mas que teve uma influência abissal ao equilibrar as finanças do FC Porto nestes 16 meses de luta intensa diária contra as adversidades financeiras que apareciam quase de hora a hora.

Crescer nas infraestruturas

Mas numa visão abrangente, André Villas-Boas, agora na pele de presidente depois do sucesso que teve no Dragão, pretende igualmente que o crescimento do FC Porto abranja as mais variadas áreas, sobretudo na componente de infraestruturas, daí que a edificação do futuro Centro de Alto Rendimento no Olival se revista de extrema importante para dar suporte às equipas principal e B, ficando o atual Centro de Treinos e Formação Desportiva Jorge Costa exclusivamente para todos os escalões da formação do FC Porto.

A obra é uma das promessas que o presidente dos dragões pretende cumprir até 2028, mas depara-se com a adversidade do preço da empreitada, na ordem dos 35/40 milhões de euros, que atualmente não consegue suportar. Nesse sentido, há negociações e contactos em marcha para se conseguir um parceiro que financie a infraestrutura de elite que o FC Porto idealiza, pelo que o processo está em andamento, mas à espera de alguém que se possa associar — com possibilidade de 'naming' — a este projeto de grande envergadura.

Além do Centro de Alto Rendimento e depois de assegurar o direito de superfície da desativada Escola Ramalho Ortigão, o FC Porto irá construir um pavilhão multidesportivo para acolher todos os seus escalões de formação, bem como expandir a prática desportiva a mais munícipes, mormente no que se refere à vertente do desporto feminino, assim como incrementar a oferta de desporto adaptado, uma obra cujo preço está estimado em quatro milhões de euros. André Villas-Boas quer também construir uma nova Casa do Dragão para substituir à já antiga da rua Costa Cabral, mas também tem o firme propósito de atingir a fasquia dos 200 mil sócios até 2028, de preferência suportado na conquista do título de campeão nacional da temporada em curso.