FC Porto: a postura de Farioli e a missão do plantel após o primeiro desaire da época
Ao 12.º jogo oficial na temporada, o FC Porto de Francesco Farioli averbou a primeira derrota. O antagonista desta história foi um Nottingham Forest revitalizado pela chegada do novo treinador, Sean Dyche, mas, como os próprios jogadores dos dragões foram lestos a reconhecer, a própria equipa azul e branca não se apresentou ao nível já evidenciado esta época.
O tempo para lamber feridas não abunda, uma vez que, já depois de amanhã, o líder da Liga volta a entrar em campo, no reduto do Moreirense. Como tal, Farioli determinou a necessidade de virar a página rapidamente. Nesse sentido, o técnico italiano rejeitou de forma liminar entrar em dramas, pedindo desde logo ao grupo uma resposta forte no regresso às lides de campeonato, na segunda-feira.
O encontro de Nottingham deixou um sabor amargo na boca dos jogadores, que, por outro lado, ficaram sensibilizados pelo apoio recebido das bancadas após o apito final. Nesta altura, paira já no plantel portista o desejo vincado de reagir de forma convincente em Moreira de Cónegos, com uma vitória associada.
Farioli sublinhou junto do grupo de trabalho a importância de se aprender com os erros cometidos em Inglaterra, mas adotou, sabe A BOLA, uma postura mais pedagógica, não explosiva. Aos olhos do treinador dos dragões, e um pouco à imagem da ideia que transmitiu na conferência de Imprensa pós-jogo, é importante que a equipa mantenha os pés assentes na terra, blindando o sentimento de humildade a eventuais efeitos provocados pelos resultados.
Em simultâneo, há a consciência, transversal a equipa técnica e plantel, de que a derrota de anteontem não apaga o que de bom tem feito este FC Porto, ainda mais atendendo à situação desportiva herdada da temporada passada. O foco está bem definido: reentrar no trilho dos triunfos já frente ao Moreirense.
Só um remate à baliza permitido além dos penáltis
«Concedemos dois penáltis e nada mais contra uma equipa com muita qualidade», realçou Farioli após a derrota do FC Porto em Nottingham. À primeira vista, olhando para o resultado, a análise do treinador dos azuis e brancos pode parecer algo exagerada, mas a verdade é que a estatística sustenta as palavras do italiano.
Além dos dois remates na hora de converter as grandes penalidades, os dragões só permitiram que o Forest fizesse outro remate com a direção da baliza de Diogo Costa: aos 14', por intermédio de Hudson-Odoi, que o capitão portista sacudiu para canto. De resto, e apesar dos dois golos sofridos, o registo defensivo do FC Porto continua a ter o seu quê de impressionante.
Ao cabo de 12 jogos realizados na temporada, o dragão de Farioli encaixou quatro golos — um na própria baliza (Nehuén Pérez, em Alvalade), dois de penálti, na quinta-feira, e um na sequência de livre indireto, ante o Estrela Vermelha. De bola corrida e em ataque organizado, é difícil marcar a esta equipa.