Mollie O’Callaghan conquistou a medalha de ouro nos 200 m livres em Paris2024. IMAGO
Mollie O’Callaghan conquistou a medalha de ouro nos 200 m livres em Paris2024. IMAGO

Falsa declaração de Mollie O’Callaghan reabre polémica com transgéneros

A Federação Australiana e a nadadora exigiram à Meta que negue que Mollie O’Callaghan, ouro em Paris2024, tenha dito que se recusa a ir aos Jogos Olímpicos de Los Angeles2028 se a nadadora trans Lia Thompson participar no evento

A Federação de Natação da Austrália (Swimming Australia) emitiu um comunicado para desmentir citações falsas atribuídas à nadadora Mollie O'Callaghan sobre atletas transgénero.

Nos últimos dias, circularam nas redes sociais comentários sobre a atleta transgénero Lia Thomas, supostamente proferidos por O'Callaghan. Uma publicação, o Greek City Times, chegou a noticiar as declarações, mas a Swimming Australia confirmou tratar-se de notícias falsas.

Atleta Lia Thomas continua a causar polémica

«Circulam atualmente nas redes sociais citações fabricadas e atribuídas à nossa Dolphin Mollie O'Callaghan», pode ler-se no comunicado. «Em momento algum O'Callaghan foi entrevistada ou comentou o tema dos atletas transgénero. A Meta foi notificada sobre estas notícias falsas, e tanto O'Callaghan como a Swimming Australia solicitaram a remoção das publicações.»

Em julho deste ano, Lia Thomas esteve no centro de uma investigação federal de direitos civis nos EUA, depois de a Universidade da Pensilvânia ter bloqueado a participação de atletas trans em competições femininas.

Em 2022, Thomas tornou-se a primeira atleta trans a vencer um título nacional universitário nos Estados Unidos. Começou a competir na equipa masculina em 2017, mas iniciou a sua transição de género em 2019, assumindo-se como mulher trans. Em 2021, após terapia de substituição hormonal, passou a integrar a equipa feminina.

Thomas foi impedida de competir nas provas de qualificação olímpica dos EUA para 2024 devido à proibição da FINA (atual World Aquatics) de participação de atletas transgénero em competições profissionais de natação feminina. Em 2024, contestou a decisão, mas o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) decidiu que a atleta permaneceria inelegível.