Equipa brasileira tinha vantagem de 1-0 na primeira mão e empatou sem golos; Plata expulso aos 56

Expulsão de ex-Sporting não afasta Flamengo da final da Libertadores

Equipa brasileira tinha vantagem de 1-0 na primeira mão e empatou sem golos; Plata expulso aos 56; espera Palmeiras ou LDU na final

O Flamengo está na final da Taça Libertadores pela quinta vez, a quarta desde 2019 - ano em que venceu com Jorge Jesus.

Um empate sem golos em Avellaneda, a sul de Buenos Aires, frente ao Racing, na segunda mão das meias-finais, garantiu o bilhete para a final em Lima, a 29 de novembro. O ambiente era de pressão, com estádio cheio e muita pirotecnia.

Ambiente em Avellaneda

O clube brasileiro havia ganho a primeira mão por 1-0, e na Argentina segurou a vantagem mesmo com um jogador a menos desde o início da segunda parte, após a expulsão do ex-Sporting Gonzalo Plata (2018-2020), aos 56 minutos, por bater com a mão num adversário - outro ex-Sporting, Marcos Rojo - (2012/2014) que lhe puxava a camisola para se levantar. Rojo aproveitou para se lançar ao chão contorcendo-se de dores e o lance, considerado agressão. O árbitro foi alertado pelo auxiliar e expulsou o equatoriano, o lance foi revisto pelo VAR e expulsão manteve-se. Depois disso os argentinos carregaram na pressão, mas não conseguiram marcar, graças também a uma grande exibição do guarda-redes argentino Rossi.

Depois foi a vez de Rojo ver cartão vermelho após choque com Ortiz, por alegado toque com o cotovelo. No entanto, o VAR recomendou revisão do lance e o árbitro anulou o vermelho depois de ver no monitor.

O Flamengo espera agora o vencedor do confronto entre Palmeiras e LDU Quito, na próxima madrugada. A equipa equatoriana leva a São Paulo uma vantagem de 3-0.

Filipe Luís nem sabia quando é a final

O treinador Filipe Luís destacou a presença na 5.ª final.

«Estamos extremamente felizes por alcançar mais uma final de Libertadores. O Flamengo tem cinco finais na sua história, com a de hoje. E há jogadores no plantel que vão para a quarta. E eu também (risos). O futebol é muito rápido, mas o meu objetivo é estar nessa quarta, tenho três como jogador e uma como treinador. Fico muito orgulhoso pelas pessoas que fazem tudo pelo Flamengo. Quando cheguei aqui, em 2019, o Flamengo tinha uma final na história», comentou. 

Convidado a pensar já na final de 29 de novembro, o treinador disse que ainda há muita história pelo meio: «Vocês já me conhecem. Na minha cabeça está o Sport no sábado. Nós perdemos para o Fortaleza, temos que continuar na luta contra o Palmeiras. Nem sabia que faltava um mês até a final, não gosto de olhar o calendário uma ou duas semanas para a frente. Mas isso já me alegra, porque com um mês pode ser que o Pedro [fratura no atebraço] esteja de volta. Precisamos muito do nosso avançado. Mas foco total no Brasileiro, prioridade absoluta é o jogo contra o Sport. Só comemoro quando acaba. Enquanto isso, trabalhar, trabalhar e trabalhar.»

Mas quem prefere na final, Palmeiras ou LDU? «Vou apenas ver o jogo a tomar um vinho com minha mulher, ver o jogo do ponto de vista tático, seguindo apenas a bola. O desgaste mental das últimas semanas está a ser muito grande, tenho de desfrutar também.»

(atualizado às 8h30)