Drama do Shakhtar Donetsk no meio da guerra contado em filme

A história do Shakhtar Donetsk, que foi obrigado a jogar fora da sua cidade devido à guerra, vai ser adaptada ao cinema.  

Paul Tamasy e Eric Johnson, guionistas nomeados para os Óscares, irão escrever o guião, que será centrado no ano de 2022, marcado pela saída de estrangeiros do clube depois da FIFA permitir a rescisão de contrato devido à guerra. 

«É uma enorme honra poder contar esta história. Tem tudo o que mais gostamos num filme: emoção, inspiração, intensidade e, acima de tudo, é um relato cativante da vitória do espírito humano e da força duradoura dos nossos valores mais preciosos: liberdade, compaixão e coragem», reagiram os guionistas. 

O Shakhtar Donetsk vive uma situação delicada desde 2014, quando as forças russas invadiram e tomaram a região do Donbass. Desde então, o emblema ucraniano, que já teve os portugueses Paulo Fonseca e Luís Castro no comando técnico, tem jogado na condição de visitado noutras cidades do país. Os encontros das competições europeias têm sido jogados na Polónia e Alemanha.  

O projeto foi anunciado durante o Festival Internacional de Cinema de Toronto.  

«O Shakhtar tem uma história única que merece ser contada ao mundo. Desde 2014, quando fomos forçados a deixar a nossa casa em Donetsk, a nossa trajetória tem sido marcada por desafios que nenhum clube de futebol deveria enfrentar. No entanto, ao longo de todos esses anos, os nossos jogadores, treinadores e adeptos demonstraram resiliência e um espírito inabalável. Acredito que não será apenas um grande filme, mas também uma homenagem às pessoas extraordinárias que continuam a lutar pelos seus sonhos, pelo seu clube e país», reagiu Sergei Palkin, CEO do Shakhtar Donetsk.