Dinamarquês Kron vence etapa 'neutralizada'

As péssimas condições meteorológicas na Catalunha estão a tornar caótico o início de Volta a Espanha e desde já a prejudicar a competição e o espetáculo.

No dia seguinte ao contrarrelógio por equipas inaugural da corrida, que terminou com noite cerrada e sob chuva diluviana, provocando inúmeras quedas e irritando alguns corredores no final, com Remco Evenepoel entre os mais insurgentes, a segunda etapa, este domingo, decorreu sob semelhante intempérie que motivou a neutralização da corrida – a tomada de tempos finais – a nove quilómetros da meta, após mais incidentes e novo rol de críticas dos corredores.

Entre os principais que caíram estiveram Primoz Roglic (Jumbo- Visma) e Geraint Thomas (Ineos), mas ainda longe da meta e sem consequência físicas ou para a classificação de esloveno e britânico. Todavia, o mesmo não poderá dizer o camisola vermelha, o italiano Lorenzo Milesi (DSM), que sofreu uma queda nos últimos quilómetros e despediu-se desse símbolo de liderança da Vuelta.

Inicialmente, a organização decidira neutralizar a corrida no final da subida (3.ª categoria) até ao topo da colina de Montjuic, em Barcelona, a 3,6 quilómetros da chegada, mas a pedido dos corredores, que alegaram os riscos na descida subsequente, a tomada de tempos passou a ponto anterior da ascensão, que constituía interesse decisivo na etapa, incluindo bonificações de tempo para a classificação geral.

Após acordo coletivo para não disputar essa contagem de montanha em Montjuic, logo que o pelotão atingiu essa meta virtual aos 9 quilómetros, todos os principais candidatos, incluindo João Almeida (UAE Emirates) abstiveram-se de disputar o que restava da etapa, concluindo-a em câmara lenta.

Perante este pobre (mas prudente) enquadramento competitivo, a discussão da contenda naquele local icónico da cidade condal ficou reservada aos ciclistas mais afoitos, os caça-etapas, onde o dinamarquês Andreas Kron (Lotto Dstny) se impôs a um grupo restrito que integrava Rui Costa (Intermarché), que obteve a 12.ª posição na tirada.

Na posse da camisola vermelha, a um italiano sucede… outro: Andrea Piccolo, da equipa norte-americana EF Education, que arranca para a etapa de segunda-feira, a primeira de montanha, com chegada em alto em Andorra, com 11 segundos de vantagem sobre o espanhol Romo Javier da cazaque Astana.

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