Destaques do FC Porto: o Pepê-a-bá de um triunfo cinzento mas necessário
CLÁUDIO RAMOS (6) — Chegou tarde, talvez surpreendido pela decisão de Nuno Moreira, ao remate que valeu o empate e que entrou entre o seu corpo e o primeiro poste. Redimiu-se com duas boas intervenções perante Soma, já na compensação do primeiro tempo, que anularam males maiores, e logo a abrir (2’) já evitara um autogolo de Otávio.
JOÃO MÁRIO (6) — Muito boas decisões, fosse a subir pelo flanco para cruzar sempre de forma assertiva e carregada de perigo para os lisboetas, ou a ligar com os colegas por dentro. Aos 31 ‘, descobriu a movimentação de Pepê entre Tchamba e Zolotic e colocou a bola à frente do brasileiro, que depois serviu Galeno para o golo. Ficou nos vestiários ao intervalo com alguma infelicidade.
PEPE (5) — A dimensão física de Felippe deu-lhe algum trabalho, tanto que aos 42 minutos o avançado casapiano só não marcou porque chegou ligeiramente atrasado ao cruzamento da direita de Yuki Soma depois de se antecipar ao internacional português. De resto, a entrega e o foco habitual, contando por vezes com dobras úteis por parte dos médios.
OTÁVIO (4) — Terríveis as duas abordagens seguidas a Soma aos 43’ e 45’+1, que entregaram ao japonês uma auto-estrada para a baliza de Ramos, que lá defendeu. Logo de início, só não fez autogolo porque os reflexos do seu guarda-redes estavam apurados. Tarde cinzenta.
WENDELL (5) — Expôs um pouco Otávio com as suas ausências, uma vez que era pelo seu flanco que corria Soma, mas dessas jogadas nada saiu de concreto para o resultado. Não esteve efusivo nem dececionante, como de costume.
VARELA (6) — Fundamental no seu papel de recuperador em muitos momentos do jogo, sobretudo naquele que deu o segundo remate certeiro aos dragões. É o argentino quem reage à perda de forma mais assertiva a meio do meio-campo dos gansos, entregando a bola a Galeno. O internacional brasileiro jogou então em Taremi, que assistiu Nico para o golo da tarde.
FRANCISCO CONCEIÇÃO (6) — Vários arranques perigosos e um ou dois remates a animar os adeptos, sobretudo no primeiro tempo e durante os minutos iniciais, mas pareceu uns furos abaixo quando comparado com jogos anteriores.
NICO (6) — O golo é fantástico, um remate bem colocado aos 56’, sem hipótese para Ricardo Batista, e tentou decalcá-lo em nova jogada, bem mais perto do fim, embora com menor pontaria. O espanhol é importante nos equilíbrios e junta a essa sabedoria tática uma boa definição no passe e no remate. O perfil e a qualidade estavam bem identificados e só se estranha o tempo que levou até convencer Conceição.
GALENO (6) — Demorou a aquecer os motores , mas com o passar dos minutos começou a deixar em alerta João Nunes e Larrazabal. Teve o mérito de estar no sítio certo para beneficiar da assistência de Pepê para o primeiro golo e, em várias jogadas posteriores, o demérito na definição e na tomada de decisão. Está também ligado ao segundo golo como mero figurante, ao delegar em Taremi a assistência para Nico.
TAREMI (5) — Tomou a melhor decisão no segundo golo, mas o rasgo é todo do espanhol. Acrescentou sim toda a sua qualidade técnica num livre direto (64’) que ameaçou o 1-3. No entanto, não fez muito mais do que isso em campo.
ROMÁRIO (5) — A primeira grande cartada de Sérgio Conceição para mudar o resultado e o rumo dos acontecimentos, ocupando a posição de Pepê, que baixara no terreno. Entrou bem, com um cruzamento muito perigoso, mas foi-se apagando.
GONÇALO BORGES (-) — Cinco minutos em campo com vontade para dinamizar o ataque.
NAMASO (-) — Entrou a par de Borges e o duo criou um ou outro momento de dificuldades para a defesa casapiana, que deixava agora espaço na tentativa de chegar ao empate.
GRUJIC (-) — O_fechar das portas, já na compensação, aliado ao quebrar do ritmo rival e a perda de alguns segundos para acabar mais rápido.