Cristóvão Carvalho: «Pelo menos uma Champions»

Motivo para se candidatar.

— Senti que o Benfica precisava de mudança, que não está bem financeira e desportivamente. Novos estatutos trouxeram frescura e novidade, permitiram-me apresentar uma proposta. Benfica, face desafios, valores e estrutura, precisa de uma estrutura profissional.

Remuneração.

— Estatutos respondem a isso. Não só presidente como órgãos sociais têm de ser remunerados, precisam de ser profissionais. Teremos pessoas profissionais que no final do mandato poderão ser-lhe imputados resultados. Mais fácil trazer pessoas com credibilidade para o Benfica. Benfica ficou a ganhar. A qualidade dos órgão sociais aumentará.

Futebol profissional.

— Projeto pensado com base num Benfica europeu. Que tenha equipa forte e estável para jogar quartso e meias-finais Champions e almejar ganhar a prova em seis/sete anos. Essa é a ambição do maior clube do mundo. Desportivamente, é fundamanetal subirem jogadores das camadas jovens, é preciso clube sustentável financeiramente, precisamos de um grande treinador, de projeto, disponível a ficar 4/5/6 anos. Depois comprando jogadores com qualidade reputada, em 5/6 anos temos essa equipa construida.

Competição interna.

— Com essa equipa não teremos dificuldade internamente e conseguiremos ganhar três títulos em quatro. Estou convencido de que seremos hegemónicos.

Nomes para o futebol profissional.

— Quando chegar os vamos à procura dos melhores. Não se apresenta um diretor geral só porque está disponível no mercado. Não desvalorizo os quadros internos por questões eleitoralistas.

Prospeção.

— Temos boa academia, já não é excelente. Resultados são prova disso. Mas há grabde desmotivação dos jovens que sabem que não podem chegar à equipa principal, porque o Benfica tem de dender e comprar muitos jogadores neste modelo. Quero acabar com isso, irei dar-lhes essa esperança, para que se mantenham 2/3 anos na equipa principal.

Sistema jogo.

— O diálogo entre equipa técnica e projeto é fundamental. Precisamos de um treinador a 5/6 anos. Temos bons treinadores, bons métodos de treino, uma boa escola que precisamos de otimizar.

Equipa feminina.

— Futebol feminino tem muito para crescer. Terá de haver investimento e algumas adaptações, com critério e rigor. Presisamos de ter um projeto feminino europeu.

Sustentabilidade financeira.

— É uma das nossas preocupações. Sou muito racional, gostaria de ganhar sempre 15-0, mas se não estiver estruturado financeiramente não conseguiremos ganhar. Dívida é muito grande, de empréstimos e obrigações, e um défice anual de €100 milhões. Vende-se muitos jogadores. Temos de terminar com isso. Fui encontrar uma solução. Precisa de baixar custos e aumentar receitas. Baixaremos 15/20 por cento de custos. A nível de receitas… o Benfica vende-se pouco, tem de sair, em África, Ásia, EUA e Europa. Em quatro anos acreditamos que chegaremo a receita de €700 milhões. Encontrei solução de uma linha de crédito de €400 milhões, máximo de €100 milhões por ano, com taxa juro metade da atual, de 3 por cento, para não ter a necessidade de vender.

Direitos TV.

— Benfica saiu da operação, fez mal. Não aceito que se diga que Benfica quer ganhar mais que outros. Nos próximos dois anos poderemos renegociar. Essa é a principal receita, única que é certa. Porque tem de vender e não compra esses direitos? Precisa de um parceiro, que está identificado. Aí ganharia três/quatro vezes mais. A partir de 2028 espero que ganhe muito mais. Não sei o que acontecerá ao futebol português.

BTV.

— É um braço armado do Benfica, como as Casas, tem de estar em sinal aberto. Quero que jogos para sócios com quotas em dia sejam gratuitos.

Naming Estádio da Luz.

— Tem potencial enorme. Benfica não o conseguiu, primeiro por credibilidade, não pode estar arrastado em processos judiciais, depois porque não dá projeção na Europa. Com o meu projeto será fonte de receita fantástica.

Modalidades.

— Temos gasto muito dinheiro e poucos resultados. Há grande trabalho a fazer. Fazem parte do nosso ADN e são para continuar. Nas equipas de topo precisamos de dar um passo atrás para dar depois dois à frente, apostar na formação, depois contratar para sermos hegemónicos. Depois escolher uma ou outra modalidade para apostar.

Infraestruturas.

— O estádio e o Seixal precisam de reformulação. É possível aumentar alguns lugares do estádio, claro. Problema é bilhética e estacionamento. Podemos expandir o Seixal.

Associativismo.

— É preciso mudar o relacionamento com as Casas, que estão votadas ao abandono, tenho medidas para ajudá-las.

Estatutos.

— São melhores que os anteriores, podem dar algumas complicações ao novo presidente, mas não vamos agora por aí.

Relação FC Porto, Sporting, FPF e Liga.

— Não têm funcionado, existe compadrio, amizade e ejogo bastidores, Temos de terminar com isso, Somos grandes para fazer o nosso caminho. Não são inimigos são adversário. Se formos fantásticos em campo, vamos ter pessoas a dizer mal.

Legado.

— Gostaria de deixar um Benfica com contas certas e dar dinheiro. E com pelo menos uma Liga dos Campeões, com muitas presenças nos quartos e meias-finais da Champions.