«Cláudio Ramos só não joga mais porque Diogo Costa é de classe mundial»
A próxima sexta-feira deverá ficar marcada pelo regresso de Cláudio Ramos à baliza portista. O jogo é diante do Montalegre, para a Taça de Portugal, prova da qual o número 14 tem sido ‘dono’.
Sérgio Conceição tem plena confiança em Cláudio Ramos, Cláudio Ramos é daqueles guarda-redes que, mesmo não jogando tanto, trabalha nos limites e, tudo conjugado faz que a receção ao conjunto transmontano deixe essa (quase) certeza: será Cláudio Ramos e mais dez.
Na antecâmara de mais uma aparição do keeper, A BOLA esteve à conversa com Rui Bento, treinador responsável pelo lançamento de Cláudio Ramos na elite do futebol português. A 30 de outubro de 2015, num jogo entre o Tondela e o Benfica, da 9.ª jornada da época 2015/2016, o guarda-redes entrou aos 28 minutos – Matt Jones, o inglês que tinha sido titular, saíra lesionado -, dando início, nessa altura, a uma carreira sempre ao mais alto nível. E Rui Bento explica o porquê de Cláudio Ramos ter feito o percurso que fez.
«Não me espanta minimamente todo o desenvolvimento dele e a carreira que tem feito. Quando estávamos no Tondela eu já o conhecia bem, dos tempos dele nas seleções mais jovens de Portugal, e sempre demonstrou uma aptidão natural. Sendo que, acrescente-se, além de excelente guarda-redes, é um grande profissional, um homem sério. O Cláudio Ramos só não joga mais porque Diogo Costa é de classe mundial».
E o antigo técnico dos beirões (atual selecionador do Kuwait) não se coibiu de especificar as caraterísticas de Cláudio Ramos: «Tem muitos aspetos de enorme categoria, mas destaco as suas ações dentro e fora dos postes. Além disso, e mesmo quando era muito jovem, demonstrou sempre uma maturidade acima da média e foi sempre alguém altamente focado no que queria atingir.»
O futuro de Cláudio Ramos está ainda em aberto, devido ao facto de estar em final de contrato com o FC Porto, mas A BOLA sabe que há vontade das duas partes na prorrogação do vínculo e, por essa razão, é expectável que clube e jogador se sentem à mesa nos próximos tempos para discutirem a renovação.
Na sombra de Diogo Costa
Com formação divida por Académico de Viseu, Repesenses e Vitória de Guimarães, Cláudio Ramos representou, depois, Amarante e Tondela, antes de, em 2020/2021, rumar ao FC Porto.
O guarda-redes está na quarta temporada consecutiva ao serviço dos dragões, período em que tem vivido… à ‘sombra’. Se, na primeira temporada, foi suplente de Agustín Marchesín, nas duas épocas seguintes o dono do lugar foi quase sempre Diogo Costa.
Sem qualquer minuto oficial somado em 2020/2021, Cláudio Ramos participou em quatro encontros na temporada seguinte. Já em 2022/2023, e aproveitando uma infelicidade de Diogo Costa (que se lesionou), Cláudio fez 14 jogos. Esta época realizou apenas uma partida, diante do Vilar de Perdizes, para a… Taça de Portugal.
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