Guarda-redes português salvou vários golos na reta final e ajudou a segurar o nulo

Cláudio Ramos a sair da sombra bem ali no centro do mundo (as notas dos jogadores do FC Porto)

Depois de tanto tempo tapado por Diogo Costa, guarda-redes segurou com tudo o que pôde o empate com um sabor que até acabou por ser 'doce'. Rodrigo Mora num patamar acima dos restantes e o estreante Gabri Veiga, como seria de esperar, ainda 'curto'
O melhor em campo: Cláudio Ramos (8)
Após uma primeira absoluta e perfeitamente descansada, foi chamado a intervir na compensação desse período e logo com duas paradas fantásticas, a remates de Estêvão e Richard Ríos. Depois viveu fase descansada, até que ao minuto 72, mais uma estirada fenomenal a remate de Allan. A jogada até foi depois anulada por falta ofensiva, mas como não sabia disso quando se lançou à bola, resolveu brilhar. Já aos 84 executou a defesa do jogo, ao travar o remate de Murilo. O jogo ficou-se por um empate doce para o FC Porto e bem o pode agradecer a Cláudio Ramos, o homem que está há muito tempo na sombra de Diogo Costa e resolveu brilhar em Nova Jérsia, ali a dois passinhos, na escala norte-americana, do centro do mundo, Nova Iorque. Uma fenomenal prova de vida do viseense...

MARTIM FERNANDES (6)— Continua a parecer um desperdício colocá-lo a central, uma vez que as suas virtudes ofensivas exponenciadas quando joga na sua posição de raiz, a lateral-direito, não se evidenciam. É frágil em termos físicos, mas não se atemoriza. Foi competente a defender. E já não é pouco perante uma equipa complicada e com poder em termos ofensivos

ZÉ PEDRO (6) —Central pouco móvel, sentiu dificuldades quando Estêvão entrou em combinações com Vítor Roque, com o dueto brasileiro a apostar nas trocas posicionais e na velocidade. Ficou em situação de privilégio (53'), mas o remate de cabeça saiu por cima da barra da baliza de Weverton. Quando o prodígio saiu, ficou mais descansado... mas sem grandes exuberâncias.

MARCANO (6) — O defesa com melhor critério na saída de bola, quando o Palmeiras apertou mais na pressão, tentou queimar linhas logo na primeira fase de construção com passes longos. Controlou bem a profundidade e foi voz de comando no setor recuado da equipa de Martín Anselmi.Não se aventurou muito, mas o passaporte também já assinala 37 anos... e já não dá para grandes cometimentos.

JOÃO MÁRIO (5) — Foi dele a primeira oportunidade do golo dos dragões, com uma investida pela direita para defesa de Weverton, logo aos dois minutos. Depois disso, como que se encolheu, resguardando-se muito e não conferindo a profundidade ofensiva pretendida para uma equipa do calibre do FC Porto. Terá sido por iniciativa própria ou por indicação do treinador? Fica uma dúvida quase existencial, mas que a equipa ficou como que descompensada ofensivamente, isso é certo.

ALAN VARELA (5) — Com uma vista muito limitada para quem joga numa posição central do meio-campo, preocupou-se, sobretudo, nos equílibrios defensivos, mas mesmo nesse aspeto cometeu dois erros em duas saídas de bola (5' e 47')que poderiam ter deitado muito a perder. Tem de fazer mais (e melhor) para almejar outros patamares. Ele e, já agora, a equipa.

GABRI VEIGA (5) — Só quem vive numa realidade paralela é que poderia esperar uma exibição de encher o olho de alguém que chegou à equipa há pouquíssimo tempo, tem meia dúzia de treinos e vem dum campeonato periférico, o saudita, que não é propriamente conhecido pela intensidade. Depois dum período inicial em que esteve muito encolhido, começou a libertar-se em investidas sobre a meia-esquerda, nas quais revelou que tem uma qualidade técnica assinalável. Ainda é curto, mas deixou alguns indícios. Mas apenas isso: indícios.

FRANCISCO MOURA (6) — O mais atrevido dos homens das faixas laterais dos portistas, ainda teve tempo para um corte providencial a remate de Estêvão, a desviar a bola da baliza de Cláudio Ramos. Acabou a Liga em bom plano e, para já, mantém o nível neste Mundial de Clubes.

FÁBIO VIEIRA (5) — Pareceu sempre andar em cima do muro, não sabendo muito bem se deveria arriscar mais no ataque ou ajudar a fechar sobre o seu lado, auxiliando João Mário. Entre uma coisa e outra teve um lâmpejo (48').

SAMU (6) —Muitas vezes olhou para trás e viu os companheiros lá longe, como que parecendo que estavam numa galáxia distante. Não se acomodou à condição de solitário empedernido e lutou até mais não poder. Pelo meio do esforço, resolveu ser ele protagonista solitário dum ataque (31') e arrancou por ali fora, num lance em que os defesas dos brasileiros se viram e desejaram para o travar.

RODRIGO MORA (7) —Ainda não deve ter Carta de Condução porque chegou aos 18 anos há bem pouco tempo mas já é ele o fio condutor do ataque portista. É, claramente, diferenciado, está num patamar superior aos companheiros e em dois lances (12' e 68') demonstrou toda a sua qualidade. Saiu a 12 minutos do final do jogo e levou o perigo portista com ele.

PEPÊ (5) —Quando um criativo entra em campo em fase de contenção da equipa parece um peixe fora de água. Foi o que pareceu.

EUSTÁQUIO (6) —Uns minutos em campo para dar um pouco da intensidade que se ia perdendo.

NEUHÉN PÉREZ (5) —Mais um para segurar o ponto.

TOMÁS PÉREZ (— )—Sem qualquer tipo de impacto.

ANDRÉ FRANCO (—) — Terá tocado na bola? Fica a pergunta.

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