Cinco ultras do Anderlecht detidos por desacatos nas bancadas

Cinco adeptos do Anderlecht foram esta quinta-feira detidos na sequência dos incidentes registados nas bancadas do Estádio Anoeta, durante a vitória dos belgas sobre a Real Sociedad, por 2-1, em jogo a contar para 2.ª jornada da fase de liga da Liga Europa.

No decorrer do primeiro tempo, os cerca de 300 adeptos do emblema belga que viajaram para San Sebastian quebraram a placa de segurança e arremessaram pedaços de assentos para os adeptos bascos, que se encontravam na bancada em baixo.

De acordo com o Departamento Basco de Segurança, uma das pessoas foi presa por ataque às forças de autoridade, outra por desordem pública e a terceira por danos e resistência aos agentes de autoridade. Os outros dois foram detidos posteriormente por incidentes registados nas bancadas dos adeptos do Anderlecht.

«Condeno que estas coisas ainda aconteçam. Não podem acontecer. As pessoas vão para casa porque algumas pessoas estão a mandar-lhes objetos. A UEFA tem que dar um passo em frente e, nesta vez, não fez nada. Estávamos a dizer ao diretor do encontro que estava a cair objetos para dentro de campo, dissemos durante uns 15 minutos que eles tinham de parar com o sucedido e não fizeram nada. É uma mensagem clara para a UEFA. Têm de dar um passo em frente e não gozarem connosco por não fazerem nada», alertou Mikel Oyarzabal, destacado que os incidentes das bancadas condicionaram a abordagem ao jogo por parte da Real Sociedad: «Os últimos 30 minutos da primeira parte, com o que aconteceu nas bancadas, tiraram-nos do jogo. Na segunda parte, não tivemos oportunidades claras. Estas coisas precisam de ser condenadas e não corrigidas apenas a pensar num jogo futuro.»

No lado do Anderlecht, o técnico David Hubert foi breve nos comentários e deu a versão do clube sobre os acontecimentos.

«Estamos muito desiludidos com estes adeptos. Já houve cinco detenções e o clube vai aguardar o relatório da UEFA para tomar as devidas sanções. Concordamos que isto não faz parte do futebol», concluiu.