A Costa do Marfim é a detentora do troféu, após conquistar a última edição, disputada em 2024. Quem vencerá a 35.ª CAN?
A Costa do Marfim é a detentora do troféu, após conquistar a última edição, disputada em 2024. Quem vencerá a 35.ª CAN?

CAN 2025: começa este domingo a festa do futebol africano

Maior prova de seleções de África decorre em Marrocos até 18 de janeiro. 18 jogadores dos campeonatos portugueses fazem parte das 24 seleções que

Começa este domingo a edição 2025 da Taça Africana das Nações (CAN, sigla em francês). Pelas 19 horas, Marrocos e Ilhas Comores dão o pontapé de saída da 35.ª edição da mais importante prova de seleções de África. 24 nações participantes tentarão, ao longo de praticamente um mês, chegar ao jogo decisivo, em Rabat, no dia 18 de janeiro. Quem são as principais favoritas à conquista da prova, que se disputará em nove estádios por todo território marroquino e que culminará com o duelo no Complexo Desportivo, Príncipe Moulay Abdellah, reconstruído e inaugurado no passado mês de setembro?

A seleção de Marrocos, anfitriã, parte como uma das favoritas para a competição. A grande notícia foi a convocatória de Hakimi, que, devido a lesão, esteve em dúvida até ao momento de ser chamado. Aquele que é, para muitos, o melhor lateral-direito do Mundo é também o capitão dos Leões do Atlas, que, a jogarem em casa, com uma equipa já com provas dadas, procurarãp certamente vingar a última prestação, que terminou com uma derrota por 0-2 frente a África do Sul nos oitavos de final. A Hakimi, juntam-se figuras como En-Nesyri, carrasco de Portugal no Mundial 2022, Brahim Diaz, do Real Madrid ou Ben Seghir, do Leverkusen.

Marrocos procurará fazer o mesmo que a Costa do Marfim, de Diomande, do Sporting, e Konan, do Gil Vicente, fez na última edição: vencer em casa. Há dois anos, na CAN 2023 (que foi disputada no início de 2024), a turma de Jean-Louis Gasset foi a anfitriã do torneio. A jogar em casa, fechou a fase de grupos a sofrer uma goleada por 0-4 da Guiné Equatorial. A meio da prova, a Federação despediu Gasset e nomeou Emerse Faé, até então treinador dos sub-21. O que se seguiu foi uma caminhada épica até à final, frente à Nigéria, treinada por José Peseiro. Os nigerianos começaram a vencer, mas golos de Kessié e Haller deram a vitória aos Elefantes. A taça ficou em casa.

Os nigerianos, que não vencem desde 2013, são uma das seleções mais recheadas de talento, com figuras como Lookman ou Osimhen, e estão no lote de candidatas. Outro dos conjuntos que terá certamente uma palavra a dizer é o Senegal. A viver aquela que muitos consideram a «Segunda Geração de Ouro», os Leões de Teranga contam com jogadores como Sadio Mané, Iliman Ndiaye, do Everton, Ismaila Sarr, do Crystal Palace, Nicolas Jackson, do Bayern, ou Pape Matar-Sarr, do Tottenham. Há sempre a ter em conta a seleção do Egito, que tem Mohamed Salah, do Liverpool e Omar Marmoush, do Manchester City, como grandes figuras, e a equipa da Argélia, que tem Riyad Mahrez no papel principal e atletas como Amoura, antigo alvo do Benfica e melhor marcador da fase de qualificação para o Mundial 2026 em África, Ait-Nouri, do Manchester City, Houssem Aouar, criativo do Al Ittihad ou Hadj Moussa, extremo do Feyenoord.

Nos Camarões jogam Bryan Mbeumo, do Manchester United, e Carlos Baleba, do Brighton, nomes que podem fazer a diferença, mesmo que, devido a uma guerra aberta provocada por Samuel Eto'o, presidente da Federação, e Marc Brys, antigo selecionador, que afirma que não foi oficialmente demitido do cargo, o caos tenha reinado nestas semanas que antecederam a prova. David Pagou conduzirá os Camarões na competição e de fora da competição ficam André Onana, ex-guarda-redes do Manchester United, e Vincent Aboubakar, segundo melhor marcador da história dos Camarões, só atrás de Eto'o.

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Fala-se em bom português na CAN

Angola e Moçambique são os países que garantirão que se falará em bom português na CAN 2025. Os Mambas, liderados por Chiquinho Conde, vão participar na competição pela primeira vez desde 2010 e são a nação que mais jogadores terá dos campeonatos portugueses. Sâo seis, incluindo Geny Catamo, extremo do Sporting e uma das grandes figuras desta seleção moçambicana.

Pedro Bondo, do Famalicão, Beni Mukendi, do Vitória de Guimarães, e Jonathan Buatu, do Gil Vicente, são os representes do futebol nacional nos Palancas Negras. A seleção angolana procurará certamente continuar a fazer história, depois de ter, na última edição, vencido pela primeira vez um jogo a eliminar na competição. A seleção, na altura treinada por Pedro Gonçalves, venceu a Namíbia por 3-0 nos oitavos de final e chegou aos quartos de final, onde caiu frente à Nigéria, por 0-1. Gelson Dala, segundo melhor marcador da última edição, com quatro golos, está de volta à convocatória.

São, ao todo, 18 os jogadores dos campeonatos portugueses que fazem parte das convocatórias para a CAN, representando, no total, oito das 24 seleções.

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A edição de 2025 da CAN está prestes a começar e os olhos do mundo do futebol vão virar para Marrocos, onde, durante 29 dias, 24 seleções lutarão pelo topo do futebol africano. E não só: é também um bom ensaio geral para Marrocos, Tunísia, Argélia, Egito, África do Sul, Senegal e Costa do Marfim, que, daqui a cerca de sete meses, estarão a disputar o Mundial 2026, assim como para a RD Congo, que, em março, joga o play-off intercontinental para tentar chegar ao Campeonato do Mundo.