Bilhetes para o Mundial 2026 entre os mais caros de sempre
A FIFA confirmou oficialmente que os bilhetes para o Mundial 2026 serão vendidos com base num sistema de preços dinâmico, o que significa que o valor dos ingressos pode variar continuamente em função da procura.
Os primeiros preços já chocaram os adeptos: os lugares mais caros para a final, a ser disputada no MetLife Stadium, em Nova Jérsia, custam 6.730 dólares, cerca de 5.780 euros, enquanto para os jogos da fase de grupos mais baratos rondam os 50 euros.
A venda de bilhetes decorrerá em três fases. Primeiro, a partir de 10 de setembro, os adeptos com cartão VISA podem inscrever-se num sorteio, onde podem adquirir um máximo de 40 bilhetes (até quatro por jogo, para um total de dez encontros).
Entre o final de outubro e o início de dezembro, abre-se uma nova fase para quem não possui cartão VISA, e a 5 de dezembro – após o sorteio do Campeonato do Mundo – inicia-se a venda por ordem de chegada (first come, first served), onde os mais rápidos podem escolher entre os bilhetes restantes.
Os locais dos estádios classificam os bilhetes em quatro categorias. A Categoria 1 corresponde ao anel inferior, a Categoria 2 aos setores intermédios, enquanto as Categorias 3 e 4 são referentes ao anel superior.
Os bilhetes mais baratos enquadram-se na Categoria 4, mas a FIFA ainda não divulgou quantos bilhetes de 50 euros serão emitidos, nem a proporção em que estes lugares mais acessíveis serão disponibilizados. Além disso, os adeptos não podem escolher os lugares específicos: apenas podem comprar por categoria, sendo a atribuição do setor ou fila exata feita automaticamente.
A decisão de aplicar preços dinâmicos não é inédita. A FIFA já tinha experimentado este método no Mundial de Clubes de 2025, mas lá a procura foi sobrestimada para vários jogos, o que resultou numa drástica redução de preços — mesmo assim muitos lugares ficaram vazios em vários encontros.
Apesar desta situação, a organização mantém-se firme na abordagem, argumentando que este método ajuda a maximizar as receitas e, ao mesmo tempo, a otimizar a ocupação dos estádios.
O objetivo da FIFA é gerar 3 mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de euros) em receitas de bilhetes e hospitalidade com o torneio, superando o recorde de público anterior, que ainda pertence ao Mundial 1994, nos Estados Unidos.
No entanto, as reações dos adeptos têm sido extremamente negativas. Muitos classificam a política de venda de bilhetes da FIFA de «injusta», enquanto outros consideram a decisão como «mais um dia negro para o futebol». Outros sugerem que a FIFA deveria seguir o exemplo da UEFA, onde os bilhetes fan first para o Europeu estavam disponíveis a preços muito acessíveis, permitindo que os adeptos enchessem as bancadas.
O Campeonato do Mundo de 2026 será realizado nos Estados Unidos, no Canadá e no México, o que, por si, representa um desafio logístico considerável para os adeptos, pois quem desejar assistir a jogos em várias cidades terá de contar com custos significativos de viagem e alojamento.