A festa das águias após a conquista da Taça peça sétima vez em dez temporadas finalizadas Fotografia SL Benfica

Benfica conquista Taça de Portugal de voleibol pela 21.ª vez

Segundo set, que só foi decidido por vantagens (25-27), foi decisivo e quebrou a concentração e ânimo do Leixões que procurava a conquista do troféu pela sexta ocasião

Após na época passada nem ter conseguido chegar à final da Taça de Portugal, o Benfica bateu, este domingo, o Leixões por 0-3, com os parciais de 22-25, 25-27, 19-25, na finalíssima da Final Four disputada no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, que lhe permitiu conquistar o troféu pela 21.ª vez num total de 29 finais.

É a sétima Taça de Portugal das águas nas últimas dez edições (2014/15, 2015/16, 2017/18, 2108/19, 2021/22, 2022/23. 2024/25), não contando com a temporada de 2019/20 em que a competição não se concluiu devido à pandemia, com a particularidade das últimas quatro já terem acontecido sob o comando de Marcel Matz.

No caso do Leixões, procurava ficar na posse do troféu pela sexta ocasião em 15 finais, tendo disputado a última há 23 anos (2001/02), mas apenas levou a Taça pela última ocasião em 1988/89.

Foi ainda a quinta ocasião que os dois clubes se encontraram na final, com os lisboetas (1973/74, 1979/80, 1989/90, 2024/25) a terem também uma clara vantagem face ao Leixões (1968/69).

No jogo deste domingo, essa superioridade inequívoca apenas se refletiu no terceiro set (19-25), onde os nortenhos quebraram física e animicamente depois de terem perdido o segundo por 25-27 tendo estado a liderar por 23-22 e 25-24.

No derradeiro set Nívaldo Gómez, uma das figuras da conquista, com um poder de impulsão e variação e potência de remate, capaz de ultrapassar o mais afincado bloco, marcou quatro pontos num parcial de 1-5 com que os pentacampeões nacionais abriram a partida, chegando rapidamente à diferença de 9 (7-16) que praticamente ditava que não haveria um quarto set.

O cubano acabou por registar 6 dos seus 19 pontos, e se os leixonenses ainda reduziram para 5 em duas ocasiões (17-22 e 19-24) isso deveu-se mais à quebra de concentração do adversário face à vantagem e ao domínio esmagador que chegara a ter, onde Felipe Banderó não só desequilibrava no bloco como na finalização.

Na realidade, havia sido o segundo set que decidira tudo. Com o Leixões a corrigir as falhas cometidas no set inaugural, sobretudo ao nível do bloco, receção e procura da finalização pela zona central, uma sequência de 3-0 (7-6), com André Pereira (11) e Hisham Ewais (12) sempre em evidência, o posto egípcio igualmente a travar o ataque contrário, os homens de Tiago Sineiro ganharam algum ascendente.

Superioridade que só não os levou a vencer o set porque, depois de novo parcial de 3-1 (13-10), falharam seis(!) serviços, contra um do Benfica, que num embate discutido ponto a ponto – a partir daí registaram-se 11(!) Igualdades até os encarnados fecharam o set – deu tempo para que Nivaldo voltasse a atacar voando pela pipe, com Matheus Alejandro a também dar uma ajuda. Os dois marcaram 8 dos últimos 11 pontos do conjunto da Luz.

Havia sido a melhor oportunidade da formação de Matosinhos para prolongar a final. Nem no primeiro set chegara tão perto já que, após ter igualado o marcador a 15-15, permitiu que as águias construíssem um parcial 1-5 (16-20), com Banderó e Alejandro formarem uma barreira quase intransponível na rede, para complementar a velocidade de execução e contra-ataque de Nivaldo, Pablo Machado (7) e Pearson Eshenko (7) conseguiam no ataque facilitado após serviços que causavam problemas do lado contrário.