Artem Nych: «O plano era alterar a geral, mas não esperava vestir a amarela!»
Artem Nych pode ter chegado em 2.º lugar na 9.ª e penúltima etapa da Volta a Portugal, mas foi o grande vencedor do dia, porque, depois de mostrar grande ritmo na fuga e na subida de categoria especial na Senhora da Graça, passou a vestir a camisola amarela e em posição para vencer a Grandíssima.
«Estou feliz. Esta etapa foi incrível para mim e para a equipa. O nosso plano foi arrancar para a fuga, porque a etapa foi muito boa para isso. Nós queríamos mudar a classificação geral, mas não esperávamos ter a camisola amarela [risos]», referiu em entrevista rápida, aos microfones da RTP. Ainda visivelmente contente com o resultado, o russo prometeu que vai atacar o triunfo no contrarrelógio individual, em Viseu.
«Agora eu estou feliz, mas a Volta ainda não acabou. Amanhã é um dia muito importante. Vamos ver. Vou lutar pela camisola amarela, com certeza, mas não quero falar muito disso. Vamos ver como acaba», sublinhou.
Afonso Eulálio, por outro lado, perdeu a liderança da geral, que detinha desde o fim da 3.ª etapa, e caiu para sexto lugar a 1,50 minutos de Artem Nych. O português de 22 anos tentou atacar na última montanha de 1.ª categoria, no Barreiro mas calculou mal o esforço, porque o rival direto Colin Stussi (Vorarlberg) ultrapassou-o mais tarde e não teve resposta para os rivais. No final da corrida, admitiu que fez o ataque cedo e que sentiu falta da ajuda de António Carvalho, líder da ABFT-Feirense.
«Fiz o ataque muito cedo. O que me deixava mais tranquilo, antes, era ter o António Carvalho comigo na corrida, mas desde a queda que não está muito bem e isso fez-me falta. Faltou-me a tranquilidade e a cabeça dele para poder disputar a Volta a Portugal. Desde a queda que o António não está muito bem. Está a passar por algumas dificuldades e não está no seu melhor», atirou Eulálio.