Águia não adormece e tira Taça da Liga ao Torreense
A primeira volta da Liga de futsal terminou com mais do mesmo: a 11.ª vitória em onze jornadas para o Benfica, cuja liderança se encontrava bem segura por uma diferença de seis pontos mas que nunca serviu de almofada para a águia adormecer, para lamento do Torreense, que acabou goleado (6-0) e afastado da edição 2025/26 da Taça da Liga, ainda que em igualdade pontual com o Quinta dos Lombos, o último apurado.
Para se qualificar para a competição, o emblema de Torres Vedras encontrava-se obrigado a pontuar na Luz, mas cedo percebeu que esse resultado era utopia – a águia entrou mandona e conduzida por Silvestre Ferreira, que visou a baliza adversária por três vezes nos primeiros quatro minutos de jogo.
A águia dominava a seu bel-prazer, mas sem a destreza necessária para incomodar verdadeiramente o Torreense, que ofensivamente apenas deu sinais de vida a meio da primeira parte e desde logo obrigando o guardião encarnado, Léo Gugiel, a defesa apertada proporcionada por Tintim.
O susto apurou a pontaria dos encarnados, que aos 12’ abriram o marcador através de uma rotação de Jacaré, servido por Kutchy, e a vitória começou a definir-se, reforçada pelo segundo golo, que teve lugar apenas dois minutos depois por Diego Nunes, que atirou a partir de posição ainda distante e ao primeiro poste, surpreendendo Cristiano.
O guardião torreense, duas vezes campeão ao serviço do Benfica, evitou que os números se avolumassem com três intervenções de qualidade e, até ao intervalo, o emblema visitante apenas perigou as redes encarnadas com uma solução arrojada que quase resultou, lançando Paulo Major como guarda-redes avançado para que este obrigasse Gugiel a muito boa defesa a segundos do intervalo.
O triunfo benfiquista não se colocaria em causa já que no segundo tempo Lúcio Rocha assinou o terceiro golo, num lance envolto em alguma sorte, dado ter atirado na direção da baliza quando apenas parecia querer evitar que Cristiano jogasse a bola.
A superioridade dos locais era evidente e Carlos Monteiro, num bom período na partida, dispôs de três situações de remate em apenas um minuto, uma delas encontrando o poste, até que aos 29’ Kutchy juntou um (merecido) golo às duas assistências que já havia rubricado na primeira parte com um portentoso remate a partir do meio-campo.
Com a vitória no bolso, a águia desperdiçava oportunidades até que aos 36’ Nicolas Tomé derrubou Carlinhos para que Diego Nunes convertesse a consequente grande penalidade e a segundos do final estabeleceu-se a meia dúzia, na estreia a marcar enquanto sénior de Tchuda, o autor do golo que permitiu à Seleção Nacional sub-19 sagrar-se bicampeã – e logo com um formidável remate ao ângulo!
O Benfica garantiu, desta forma, uma primeira volta limpa, com um pleno de vitórias, arrancando a segunda volta altamente motivado pela defesa do título nacional.