A TV e rede que funcionam mal, Deniz Gul e o regresso de De Jong: tudo o que disse Farioli
— O que espera do Sintrense, equipa que o FC Porto defrontou por duas vezes na Taça de Portugal?
— Vamos defrontar um adversário numa nova temporada. Acho que só temos quatro jogadores em comparação com o jogo da última temporada. É um novo capítulo. Temos de respeitá-los como merecem. Já eliminaram o Vizela e o Rio Ave. Estiveram a perder nesses dois jogos e deram a volta ao marcador. É uma equipa muito forte, com pontos interessantes na rotação da bola. Temos de estar prontos para competir.
— Vai ter quatro jogos consecutivos no Dragão. É importante para si?
— O facto de jogarmos em casa num período em que jogámos mais fora é importante. Bom momento para os nossos adeptos apoiarem-nos.
— Qual o quadro relativamente à disponibilidade dos jogadores?
— O Bednarek continua a recuperar do problema que teve em Utrecht e que provocou a sua substituição em Famalicão. Victor Froholdt regressou da seleção com algumas dores e estamos a tratá-lo. Esperamos recuperá-lo para o jogo contra o Nice.
— Como está De Jong? Poderá ir a jogo?
— Vai estar na equipa. Começou a treinar connosco no início da semana e teve uma progressão. No que toca à condição aeróbica e capacidade, ele fez um ótimo trabalho graças à sua dedicação e ao trabalho da equipa médica. Voltou e penso que amanhã vai ter alguns minutos.
— O treinador do Sintrense elogiou-o e disse que lhe pediria conselhos. Que tipo de conselhos lhe daria?
— Não há muito a dizer. Não vi nem ouvi as declarações, mas agradeço-lhe as palavras que me deixou. Não há muitos segredos. A minha carreira no futebol começou na liga mais baixa possível. A minha jornada levou-me a ter ótimas experiências no estrangeiro. O segredo é trabalhar no duro e ter alguma sorte de conhecer pessoas que, a determinada altura, vão confiar em ti e dar-te a oportunidade que mereces.
— Vincenzo Montella, selecionador da Turquia, elogiou o crescimento de Deniz Gul. Com o regresso de De Jong poderá o Deniz manter esse progresso?
— Já me expressei claramente quando ele não era uma opção regular para nós ou quando os minutos que tinha não eram os suficientes. É um jogador com uma capacidade incrível, fisicamente muito forte e super-rápido. E é um bom finalizador, inteligente. Tem características ótimas. Agora, penso que ganhou um estatuto diferente na equipa. É um jogador em quem podemos confiar. É bom tê-lo de volta e, claro, e ao Luuk de Jong também. Estes são os bons problemas para um treinador, ter avançados deste nível. Cabe-nos encontrar diferentes soluções para maximizar o potencial. Acredito que o Deniz também pode jogar como extremo, ainda que não seja a sua posição natural, e que podemos atuar com dois avançados, situação que podemos explorar em determinados momentos. Será um bom desafio encontrar a melhor solução para maximizar as qualidades dos avançados.
— Cláudio Ramos estará na baliza contra o Sintrense?
— Sim, vai começar o jogo.
— No jogo com o Celoricense colocou muitos titulares e foi criticado por isso...
— Estou sempre pronto para ser criticado...
— Vai fazer o mesmo, agora?
— [Sorriu, sem responder].
— O jogo com o Famalicão mostrou um FC Porto com muitas soluções a atacar e defender. Considera que eliminou a ideia que prevaleceu nos últimos tempos de que a equipa estava em quebra e que o Olival é imune a essas críticas?
— Estamos num ambiente muito privado, o telefone não tem muita rede, a televisão não funciona muito bem. Temos de nos focar no que controlamos. Somos ótimos na exigência que nos colocamos, e quando digo isso, falo do staff técnico, mas também dos jogadores, liderados por um grande capitão, que diariamente exige mais dele e dos colegas, tal como os outros jogadores que compõem o lote de capitães. Depois, em alguns momentos de alguns jogos não estivemos no nosso melhor, mas isso faz parte do futebol, sobretudo quando jogamos com intervalos de 72 horas. Faz parte da nossa evolução. Sabemos que o que temos de fazer é prolongado no tempo e muito exigente. Não podemos relaxar, mas sim focarmo-nos no que temos de fazer nos 30 a 32 jogos que ainda podemos jogar. Estamos focados nisso, em fazer melhor diariamente.