«A seguir ao Diogo Costa, o João Costa é o melhor guarda-redes português»
Diogo Costa... João Costa. É esta a hierarquia de melhores guarda-redes lusos para Ricardo Sousa.
O técnico, que na próxima temporada estará de volta ao ativo, no caso, ao leme do Vizela, acedeu a falar a A BOLA sobre João Costa, atleta que conhece bem por ter sido seu jogador no Feirense. E, como já se percebeu, a opinião não poderia ser mais positiva.
«A seguir ao Diogo Costa, o João Costa é o melhor guarda-redes português. Com todo o respeito que tenho pelo Cláudio Ramos, que também é um excelente guarda-redes, a verdade é que, para mim, o João tem caraterísticas individuais incríveis. É um monstro. Se o Diogo sair, tal como tem vindo a ser falado, o João tem todas as condições para assumir a baliza», notou.
Do ponto de vista técnico, quais são, afinal, as virtudes do próximo reforço do FC Porto? «É difícil apontar-lhe um ponto negativo. É um guarda-redes extremamente moderno e que joga muito bem com os pés. Aliás, ele joga melhor com os pés do que alguns jogadores de campo. E isso para um treinador é ótimo. Desde logo, porque essa qualidade permite-lhe desbloquear a saída na primeira fase de construção, uma vez que essa especificidade permite desbloquear a primeira linha de pressão dos adversários.»
E a confiança absoluta que Ricardo Sousa tem em João Costa não é de agora. Já vem do tempo em que ambos conviveram no Feirense, na época 2023/2024, que marcou o regresso do guardião ao futebol português, isto depois de vários anos em Espanha - Murcia, Granada, Mirandés e Cartagena.
«Quando o João chegou ao Feirense estava numa fase em que já não jogava há algum tempo e o nosso principal trabalho foi fazê-lo recuperar a confiança. Porque a qualidade continuava toda lá. Felizmente que esse trabalho deu frutos, o João demonstrou uma capacidade de superação incrível, algo que também é uma das suas imagens de marca», assumiu.
SANGUE AZUL
O FC Porto tem vindo a perder referências e para Ricardo Sousa, também ele um dragão de gema, a contratação de João Costa faz todo o sentido em termos de identidade.
«É urgente que o FC Porto recupere o seu ADN e só dessa forma o clube vai poder voltar ao sucesso. O João conhece muito bem a casa, sabe o que é ser FC Porto. É daqueles jogadores que fica chateado quando não ganha e isso é muito da mística do clube», analisou o antigo médio-ofensivo, ele que também concluiu o seu processo de formação no emblema da Invicta, clube ao serviço do qual conquistou uma Supertaça Cândido de Oliveira (1999), isto já depois de na época anterior (1998/1999) ter guiado o Beira-Mar ao triunfo na Taça de Portugal.