A equipa de voleibol feminino do FC Porto. Foto CEV
A equipa de voleibol feminino do FC Porto teve uma participação histórica na Liga dos Campe~pes. Foto CEV

Revolução no balneário portista

Quatro dias depois de o treinador Miguel Coelho ter renovado por um ano a ligação ao FC Porto, o clube azul e branco anuncia a saída de oito jogadoras do plantel que este ano ficou em terceiro lugar na Liga feminina de voleibol

O FC Porto anunciou na sexta-feira a renovação de contrato com Miguel Coelho, o treinador que há dois anos chegou ao Dragão vindo do Leixões. No próximo ano, o técnico continuará a merecer a confiança da direção. Depois de se ter sagrado campeão nacional na época de estreia, este ano as portistas ficaram no terciero lugar, eliminadas pelo Benfica que se sagrou campeão nacional, nas meias-finais da Liga.

Mas não será com as mesmas caras com que alcançou também uma participação histórica na Champions com a entrada na fase de grupos.

Janaína Vieira, Gabi Coelho, Bruna Guedes, Erika Mercado, Puck Hoogers, Brianna Kadiku, Sara Rohr e Kyla Swanson saem em fim de contrato, mas é o primeiro sinal da renovação anunciada pelo treinador, Miguel Coelho. Janaína era a atleta mais antiga no clube - 2021-, sendo tricampeã nacional e tendo conquistado duas Supertaças.

Gabriela Coelho e Bruna Guedes, zona 4 e líbero que começaram a jogar de Dragão ao peito em 2023 e também foram campeãs, enquanto Erika Mercado, Puck Hoogers, Brianna Kadiku, Sara Rohr e Kyla Swanson chegaram no início desta época para ajudarem a vencer a Taça Ibérica e alcançar a inédita qualificação para a Liga dos Campeões.

Miguel Coelho, treinador de voleibol feminino, com o presidente do FC Porto, André Villas-Boas. Foto FC Porto

«O plantel começou a ser construído a partir de dezembro, que foi quando a Administração sugeriu que o staff renovasse. No ano passado, e a administração não tem culpa absolutamente nenhuma, o timing das contratações foi péssimo para nós. O presidente é um homem do desporto de alto nível e percebe que anteciparmo-nos a todos os outros pode ser a chave para termos uma grande equipa. Foi o que fizemos, a equipa começou a ser preparada e montada a partir de dezembro. Queremos aproximar-nos de uma linha média da Europa. Itália, Turquia e Polónia têm excelentes modelos a seguir para nós, mas aos quais ainda não conseguimos chegar. Queremos chegar, isso sim, a uma segunda linha, como França e Alemanha, que já são linhas de topo na Europa», justificou o técnico na renovação.