Mundial: Lagisquet aposta na força dos avançados
Quatro mudanças no XV luso para o Geórgia-Portugal de sábado (13h00), em Toulouse. Avançados em maioria no banco (6x2). Repete tática que deu empate (25-25) em encontra
Depois do desaire no jogo inaugural contra o País de Gales, Portugal defronta a Geórgia sábado, em Toulouse (13h00), em encontro da 2.ª jornada do Grupo C do Campeonato do Mundo França-2023.
Velhos conhecidos do Rugby Europe Championship (REC), ex-Seis Nações “B”, o confronto entre as duas seleções mostra um saldo de 18 vitórias para os georgianos. A última das quais em março, em Badajoz, na final do REC (38-11) e a que há a juntar 4 vitórias lusas e 3 empates. O último (25-25) a 6 de fevereiro de 2022, em Tbilissi.
Apesar do longo historial e até grande rivalidade, esta será será a primeira vez que lobos (segunda participação no evento) e lelos (6 Mundiais) se defrontam na mais importante competição entre países.
Ambos derrotados no primeiro jogo, a Geórgia pela Austrália (35-15) e Portugal pelo País de Gales (28-8), as duas nações procuram igualmente na 20.ª partida do França-2023 os primeiros pontos.
No caso português, serão os primeiros, em caso de empate ou vitória, de sempre num campeonato do mundo e a primeira vitória frente à Geórgia ao fim de 18 anos. Objetivo que não acontece desde que os lobos levaram a melhor em Lisboa por 18-14, em fevereiro de 2005.
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Patrice Lagisquet, selecionador nacional, mudou quatro jogadores do XV inicial. Dois avançados, Diogo Hasse Ferreira (pilar) e José Madeira (segunda-linha), ausente da partida com os galeses por lesão, entram para os lugares de Antony Alves e Martim Bello, que saltam para a lista de 23.
E dois jogadores das linhas atrasadas, Pedro Bettencourt (centro) surge no lugar de José Lima (não está nos 23) e Raffaele Storti (ponta) ocupa a vaga de Vincent Pinto (punido com dois jogos de suspensão).
Além de novas peças, Lagisquet inclinou o peso no banco de suplentes ao colocar seis avançados e dois defesas (6x2). «Não costumamos fazer isto, fizemo-lo uma vez frente à Geórgia (empate 25-25) e vamos fazer outra vez, porque nos últimos jogos perdemos nos últimos 20 minutos», justificou na conferência de imprensa. «Eles são treinados para manter intensidade alta durante os 80 minutos», recordou.
«Se tivesse de apostar onde é que o jogo será ganho, diria nos avançados. Temos o 6x2 no banco porque necessitamos dessa fisicalidade. Necessitamos de ser tão sólidos quanto possível», reforçou o capitão Tomás Appleton, que não se esqueceu do último embate entre com a Geórgia - foi o autor do único ensaio luso -, na final do Europe Championship. «Retirámos boas lições desse jogo. Preparámo-nos imenso, como nunca o fizemos», atestou.
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O velho duelo europeu entre Portugal (16.º ranking) e Geórgia (13.º) pode ser considerado uma final pelo 4.º lugar do Grupo C, que integra as Fiji, Gales e Austrália.
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«De certa forma é uma espécie de final, mas também é apenas o começo. Só disputámos um jogo, mesmo que o tenhamos perdido. É um encontro importante contra Portugal, mas estamos concentrados na nossa equipa», sublinhou Levan Maisashvili, selecionador georgiano que operou uma pequena revolução ao apresentar oito jogadores novos: quatro avançados e quatro defesas.
«Todos os jogos são uma final», reforçou Merab Sharikadze, capitão da seleção do Cáucaso, que fará a 50.ª internacionalização frente a Portugal.
XV Inicial
1, Francisco Fernandes
2, Mike Tadjer
3, Diogo Hasse Ferreira
4, José Madeira
5, Steevy Cerqueira
6, João Granate
7, Nicolas Martins
8, Rafael Simões
9, Samuel Marques
10, Jerónimo Portela
11, Rodrigo Marta
12, Tomás Appleton (c)
13, Pedro Bettencourt
14, Raffaele Storti
15, Nuno Sousa Guedes
Suplentes
16, David Costa
17, Lionel Campergue
18, Anthony Alves
19, Martim Belo
20, David Wallis
21, Thibault de Freitas
22, Pedro Lucas
23, Manuel Cardoso Pinto