Benfica nas meias-finais da Liga Betclic
Ao derrotar o V. Guimarães por 68-88 (22-19, 10-12, 19-33, 17-24) no Jogo 2 dos quartos de finais do play-off da Liga Betclic, o Benfica passou à meia-final do campeonato e irá aguardar mais umas horas pelo desfecho entre Oliveirense e Ovarense desta noite (21h00) para saber se ainda hoje conhecerá qual o adversário na semifinal, que passa a ser disputada à melhor de cinco, ou se terá de aguardar até ao fim de semana, caso a formação de Ovar, em desvantagem na série por 0-1, vença.
Tal como na passada temporada, os tricampeões ultrapassam a primeira ronda do play-off à custa dos minhotos e imbatíveis. Mas se no Jogo 1, na Luz, estes ainda haviam oferecido séria resistência (99-87), partida em que terminou com 30 triplos, 17 dos quais das águias, e com as equipas a registarem eficácias acima dos 40 por cento, agora, aquilo que parecia ser mais um momento de loucura para lá da linha dos 6,75m, transformou-se, rapidamente, num pesadelo para os donos da casa.
Depois dos homens de Miguel Miranda, que foram alternando a defesa individual com à zona 2x1x2 terem conseguido baralhar um pouco o adversário e revezando a liderança até ao intervalo (32-21), fase do jogo que conheceu oito igualdades e o V. Guimarães alcançou a vantagem mais dilatada aos 26-21, com destaque para Zahir Porter (15 pts, 5 res, 3 ass), David Wright (15 pts, 5 res) e Pedro Pinto (6 pts, 4 res, 4 ass), então responsáveis por 20 dos pontos da equipa, o arranque da 2.ª parte foi entusiasmante.
Vitorianos e águias trocaram entre si sete(!) triplos consecutivos, quatro dos lisboetas e, salvo dois de Ahmaad Rorie (17 pts, 4 res), todos concretizados por elementos diferentes até ao 40-43. Pura loucura. Parecia que o jogo encontrava, finalmente a falta de qualidade que faltara, sobretudo no 2.º quarto.
Mas não. Após Porter ter deixado os nortenhos a um de diferença (42-43), o conjunto de Norberto Alves lançou-se num arrasador parcial de 1-18 (43-61) em 4m que matou a partida.
A estrela maior: Aaron Broussard (3 res, 4 ass). Se até então o base americano não marcava qualquer cesto em 16m, nesse período assinou todos os seus 15 pontos, 12 deles seguidos no referido parcial.
O V. Guimarães ainda tentou reagir mas, os seus turnovers (18) e nova sequência de 2-15 (57-79) no 4.º período derrubou-lhe a ambição do Jogo 3 que nem três triplos (68-83) a 2.30m do fim fez renascer.
Note-se que o Benfica, onde quatro dos seus elementos do cinco inicial marcaram um mínimo de 15 pontos, terminou com 10/24 de três pontos (41%).