«Rosa Mota desapareceu, nem apresentou nenhuma justificação»
José Manuel Constantino e Rosa Mota (ANTONIO AZEVEDO/ASF)

«Rosa Mota desapareceu, nem apresentou nenhuma justificação»

OLIMPISMO26.12.202311:14

Presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino, desconhece motivos de afastamento da antiga atleta do COP; Dirigente voltou a criticar António Costa relativamente ao olimpismo

José Manuel Constantino afirmou que Rosa Mota «desapareceu» da vice-presidência do Comité Olímpico de Portugal (COP), revelando ainda que não conhece os motivos que levaram à saída da ex-atleta. Ainda assim, o presidente do organismo suspeita que as razões se prendem com a «discordância de orientações sobre a forma como o COP é dirigido».

Em entrevista à Lusa, o dirigente máximo desta instituição disse ainda que recebeu um pedido da antiga campeão da maratona de «suspensão do mandato por um ano» e que este «não fosse objeto de divulgação».

«Respeitei essa decisão. Passou um ano e nunca mais apareceu, nem apresentou nenhuma justificação». Mesmo após esta saída, Constantino garante que não teve qualquer contacto com a recordista mundial de veteranos da meia-maratona.

«Entretanto, conversa aqui, conversa acolá, vai-se sabendo que há discordâncias do ponto de vista do Dr. José Pedrosa [marido de Rosa Mota], que naturalmente a Rosa segue, sobre as decisões que eu tomo, mas eu não sei quais são», detalhou.

«Olimipismo não interessa nada» para António Costa

Sobre o primeiro-ministo demissionário, o presidente do COP voltou a criticar a postura do mesmo, referindo que para António Costa o «olimpismo não interessa nada». Sobre uma mudança de políticas desportivas, o dirigente não tem «grandes expetativas».

«Aquilo que me preocupa é muito centrado na preparação olímpica e no desejo que tenho de que haja uma política sequencial relativamente à preparação para os Jogos de Paris», acrescentou.

Refira-se que a 31 de maio deste ano, Constantino também denunciou o «desinteresse» do antigo secrteário-geral do PS, e destacando o facto de nunca se ter reunido com o mesmo.