«Não tenho medo de Pogacar, temos plano para vencê-lo»
Jonas Vingegaard fez a antevisão Tour esta sexta-feira em conferência de imprensa, em Lille. Na véspera do Grand Départ, o dinamarquês da Visma Lease a Bike abordou naturalmente o iminente duelo pela camisola amarela com o arquirrival Tadej Pogacar (UAE Emirates).
Vingegaard, que venceu a Volta a França em 2022 e 2023, competiu enfraquecido na edição de 2024, após longo período de inatividade devido a grave queda na Volta ao País Basco, no início de abril, e teve de submeter-se ao domínio do esloveno, mas apesar de esta temporada também não ter passado imune a acidentes (esteve duas semanas sem treinar após concussão sofrida numa queda na Paris-Nice, em meados de março), considera-se na sua melhor forma de sempre e pronto para lutar por recuperar o ceptro.
«Depois da queda terrível em 2024, no País Basco, demorei muito mais tempo do que o esperado para voltar ao meu melhor nível. Quase um ano. Tantas semanas de cama, perdi muita massa muscular. O meu corpo só voltou a sentir-se como antes da queda há alguns meses. Posso dizer que estou mais forte do que nunca», admitiu Jonas Vingegaard no início da conversa perante uma sala repleta de jornalistas e imerso em microfones.
«Estou no nível mais alto que já alcancei. No ano passado, também competi no Tour a um nível elevado, mas a diferença em relação a esse ano é obviamente significativa. Estou um pouco mais pesado, mas isso deve-se à massa muscular que ganhei. Vamos ver se é suficiente», referiu o líder da Visma.
Em seguida, o inevitável tema: Tadel Pogacar: «Medo? Se eu tivesse medo do Tadej [Pogacar], não estaria aqui. Sim, Tadej tem poucas fraquezas, mas mesmo que eu saiba quais são, não diria aqui... Guardamos sempre estas cartas para nós», afirmou o nórdico.
«Temos um plano na equipa»
«Plano para vencer Pogacar? Temos, sim, mas não vou contar, claro», brincou o dinamarquês, muito tranquilo, durante a conversa com os jornalistas. ladeado pelo seu tenente de montanha, Matteo Jorgenson, e o diretor desportivo principal da Visma, Grischa Niermann.
Questionado sobre a capacidade dos companheiros de equipa na montanha, Vingegaard não lhes poupou elogios. «Simon Yates é um muito forte, assim como Sepp Kuss e Matteo Jorgenson. Para mim, é uma equipa de sonho, tanto na montanha como no plano».
Será importante não perder tempo na primeira semana. Será uma competição muito intensa desde o primeiro dia, e certamente muito caótico. Temos de evitar problemas, e assim poderemos fazer a diferença na montanha. Ficarei muito feliz se Wout van Aert vencer uma etapa e vestir a camisola amarela. O nosso principal objetivo é a camisola amarela em Paris, mas se puder ajudar Van Aert sem comprometer esse objetivo, fá-lo-ei sem hesitação», assumiu Vingegaard.