O Gil Vicente vai à Luz na melhor fase da temporada, levando quatro jogos sem perder, mas Vítor Campelos reconhece que o Benfica «é um adversário valoroso» e que, por isso, vai encontrar muitas dificuldades. Na antevisão à partida deste domingo, o técnico dos galos disse querer ter «coragem» para ter posse de bola, porque é um momento que as águias não gostam, e conquistar os pontos. «Vimos de duas vitórias importantes e, como sempre digo, o próximo jogo é o mais importante da época. Vamos defrontar um adversário valoroso, joga em sua casa, perante os seus adeptos, e por isso sabemos das dificuldades que vamos encontrar», afirmou, acrescentando: «Acreditamos no que podemos fazer e estamos confiantes, não só pelos últimos jogos, mas pela qualidade que temos demonstrado. Estes seis pontos seguidos foram muito importantes. Este campeonato é uma maratona e amanhã temos uma prova de cem metros contra o Benfica. Respeitando muito o adversário, queremos somar pontos e, se possível, trazer os três pontos». Campelos lembra que o Benfica é uma equipa forte nas transições, mas que também gosta de ter posse de bola. E é aí que os galos querem dar a bicada na águia. «Temos de ser organizados e ter coragem para ter bola porque sabemos que o Benfica não gosta, temos de ligar bem o jogo com confiança para podermos criar situações de perigo no último terço. Sabemos que o Benfica é sempre uma equipa forte, independentemente do momento que possa estar a atravessar», explicou. «É óbvio que queremos entrar fortes, se possível marcar para ficar em vantagem, mas sabemos que nenhum jogo é igual e o que preparamos durante a semana foi sobretudo preparar a nossa ideia de jogo, a nossa forma de jogar. Como é óbvio, temos de ter alguns aspetos a ter em conta relativamente ao Benfica, mas temos de acreditar no que queremos e devemos fazer», completou. Sem poder contar com Martim Neto, emprestado pelo Benfica, o treinador do Gil Vicente lembrou que, esta temporada, «em quase todos os jogos têm faltado jogadores importantes». «Por isso acreditamos muito nos jogadores que temos. Eles estão muito bem identificados com o que queremos e por isso o que jogar no lugar do Martim vai dar uma boa resposta. É um miúdo que está a crescer, tem muita qualidade e nos tem ajudado». O treinador lamenta não ter entrado, no mercado de inverno, um ponta de lança, mas percebe a realidade do clube. «Creio que todos os treinadores gostam de ter o maior número de soluções possíveis, gostam de ter os melhores jogadores nos plantéis, mas administração tudo fez para trazer alguém que nos aportasse qualidade. Este mercado é difícil, até porque os jogadores que tínhamos debaixo de olho não conseguimos trazer e trazer por trazer não vale a pena», analisou, antes de falar dos que chegaram: «Os reforços estão todos convocados, até porque para fazer a convocatória temos de levar um jogar dos sub-23. Os reforços trazem equilíbrio à equipa e vieram colmatar a saída de alguns jogadores. O Kiko lesionou-se e vai ter uma paragem prolongada e por isso trouxemos o Kazu, o Afonso veio para substituir o Marlon e o Alex veio para dar mais competitividade ao lado direito da defesa. O Buatu continuamos à espera dele porque terminou ontem a participação dele na CAN».
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