Villas-Boas destaca Rodrigo Mora e a aposta na formação: «Em Portugal é normal...»
André Villas-Boas participou no podcast Men In Blazers nos Estados Unidos e falou sobre o papel de um presidente.
«Tenho de escolher as pessoas certas nos lugares corretos e acreditar no seu talento para fazer o clube avançar em diferentes áreas. Provavelmente a coisa mais sensível, porque estás-lhes a dar o controlo. Como presidente, tens de representar as tuas pessoas, os teus adeptos, que te elegeram», começou por referir.
O FC Porto já revelou grandes talentos, sejam eles formados ou não na Invicta, desde Deco a James Rodríguez, Hulk, Falcao e Vitinha, campeão da Europa pelo PSG. O presidente dos azuis e brancos realçou o nome de Rodrigo Mora, que está a dar os primeiros passos na equipa principal e já foi, inclusive, chamado à Seleção Nacional.
«A essência do futebol português e os jogadores portugueses são provavelmente jogadores que são tecnicamente excelentes, muito criativos. O futebol está na nossa cultura, temos três jornais diários desportivos que nos massacram (risos). O futebol é essa realidade. Cada conversa é sobre futebol, quem vai ganhar. Agora temos Rodrigo Mora, que fez 18 anos, é um jogador genial. Amamos o jogo», apontou.
«O nosso sistema é diferente das outras ligas do top-5. Damos oportunidades aos talentos. É normal em Portugal verem jogadores de 16 anos em campo. Isso aconteceu recentemente com o Rodrigo Mora. Não temos medo em colocá-los na primeira equipa. Eles sonham em estar na primeira equipa do FC Porto, porque é algo alcançável. É um exemplo do que acontece na academia do FC Porto e também nas de Sporting e Benfica», acrescentou, falando do impacto de José Mourinho.
«O facto é que nós temos realmente jogadores talentos tecnicamente. Cada jovem quer ser jogador. Temos algo muito interessante, desde o fenómeno Mourinho, temos crianças que querem ser treinadores de futebol e seguem pela via académica. A qualidade do nosso treinador está muito alta. Temos muito talento na formação dos treinadores e está a passar para a qualidade dos nossos jogadores», referiu.
«Mourinho teve um grande impacto. Eu segui esse caminho, um sobrinho meu igual. Os jovens de 14 ou 15 anos querem ser treinadores e vão para a universidade. Isso traz muita qualidade para os nossos departamentos de formação», completou.