Sérgio Conceição revelou estar «satisfeito» com a exibição do FC Porto frente ao Moreirense, que terminou com um triunfo gordo dos azuis e brancos (5-0). Apesar disso, o timoneiro dos dragões admite que «não correu tudo bem.» - O que representa este resultado? «Representa que ganhámos três pontos importantes perante um adversário difícil, que só tinha perdido com o líder do campeonato e que tinha poucos golos sofridos. Não correu tudo bem, houve muitos momentos positivos, mas há sempre ilações negativas e positivas. Mas estou contente pela dedicação dos jogadores, pelo resultado da semana ser este e nós trabalhamos diariamente para que o resultado seja positivo, depois às vezes há mais ou menos brilhantismo. Há muitos momentos em que somos brilhantes e não ganhamos como hoje, mas estou satisfeito.» - O que pediu a Iván Jaime, quando mexeu cedo no meio-campo? «Os jogadores têm essa liberdade, hoje viram um lateral a fazer dois golos e a aparecer no último terço. O que queria era alguém a procurar as linhas subidas de forma mais curta e achei que o Iván era o mais indicado para isso. Não é que o Eustáquio estivesse mal, mas o Moreirense condicionou a ação do nosso duplo pivô, juntou os seus setores e era estava difícil entrar por dentro. Podíamos ter definido de outra forma nas laterais, retificámos algumas situações ao intervalo e daí a entrada do Iván Jaime.» - O que dá Alan Varela ao meio-campo da equipa? «É um jogador que preenche bem o corredor central, tem 22 anos e acho que está melhor até pelo conhecimento que agora tem do campeonato português, também com excelentes jogos na Champions. Com o tempo vai evoluir mais, é um jogador que percebe o que quero dele e dos dois médios é o que equilibra mais, mas não tem o chamado travão de mão. Pode e deve aventurar-se na frente, até porque remata bem, estar a bater cantos é um sinal disso e nos livres também. Vocês não veem, mas ele dá respostas muito positivas nos treinos e depois é fazer o que fez hoje. Está a crescer e a ganhar um volume muito interessante no seu jogo, ficamos satisfeitos por isso.» - Na segunda parte, o FC Porto pareceu mais seguro. O que mudou ao intervalo? «Tem que ver com algumas retificações sem bola, porque na primeira parte o Moreirense saiu com perigo e quem ligava o jogo deles estava demasiado tranquilo. Bloqueámos mais as ações deles e conseguimos criar mais ocasiões, também porque descobrimos o espaço que na primeira parte não conseguimos, também pela frescura. Acho que não fomos tão competentes na primeira parte, com ou sem bola, e foram esses pequenos detalhes que retificámos.»
