Sporting: «Trincão dá drible mas precisa de exigência»

Rúben Amorim garante nova titularidade do extremo; números comprovam que esquerdino ganhou vida em 2024; João Aroso, com quem trabalhou no SC Braga B, destaca crescimento

Longe dos holofotes da época passada, onde alcançou o melhor registo da carreira, com presença em 52 jogos de leão ao peito, tendo marcado 13 golos e feito quatro assistências, em 2023 Trincão tem estado na sombra, algo que mudou com a chegada de 2024.

O extremo esquerdo foi opção nos quatro jogos já realizados em janeiro: contabilizando três titularidades, condição que repete hoje, diante do SC Braga, na meia-final da Taça da Liga, segundo garantia de Rúben Amorim, tendo marcado três golos, dando, mostras da sua qualidade. 

A BOLA falou com João Aroso, treinador de 51 anos, que se cruzou com Trincão no SC Braga B, que reconhece crescimento do jogador ao longo do seu percurso.

Ele evoluiu ao longo daquilo que tem sido o seu percurso e tem tudo para continuar a ter boa performance

«Está a aproveitar a oportunidade de jogar com mais regularidade face à ausência de Edwards [síndrome gripal], o que o ajuda a ganhar ritmo competitivo e mais confiança. Claro que jogando mais tendencialmente o rendimento é superior», realçou. 

Instado a dizer o que Trincão pode dar à equipa, João Aroso não hesitou: «Dá criatividade, capacidade de desequilíbrio, drible, assistência. É um jogador que funciona muito bem da direita para dentro, tem muita qualidade nisso, ou entrar a rematar, mas também pode sair por fora com cruzamento de pé direito, é o padrão dele, do ponto de vista ofensivo. Mas há uma coisa essencial que o Trincão sabe fazer quando a equipa não tem bola, é ser muito competitivo e reativo, tendo sempre essa disponibilidade na reação à perda de bola. Ele evoluiu ao longo daquilo que tem sido o seu percurso e tem tudo para continuar a ter boa performance.» 

Números de Trincão 

Entendimento com Gyokeres

Quanto à parceira com Gyokeres, a principal referência atacante dos leões, o treinador disse que se complementam pela características: «O Gyokeres, por ser um jogador muito forte no um para um arrasta muitos adversários, e o Trincão também, permitindo que outros jogadores fiquem mais libertos e em boas condições para dar continuidade ao jogo ofensivo.»

Sobre os constantes elogios de Rúben Amorim ao esquerdino, João Aroso realçou serem importantes: «O Trincão precisa que lhe coloquem exigência sobre ele, porque ele tem potencial, e de sentir reconhecimento. O feedback do treinador ajuda-o a ganhar confiança.»