Saída de indiscutíveis já rendeu mais de 200 milhões!

Sporting Saída de indiscutíveis já rendeu mais de 200 milhões!

NACIONAL29.06.202320:32

Grande parte das transformações operadas no plantel sportinguista nestas três últimas temporadas estão relacionadas com o assédio a jogadores, nalguns casos concretizados, que possibilitaram  também aos cofres leoninos reforço de muitos milhões de euros.


No final de cada época houve sempre saída de alguns dos jogadores considerados indiscutíveis... também por necessidade da SAD em caminhar para o desejado equilíbrio financeiro que lhe permite agora exigir cláusulas de rescisão e investimentos avultados.


Em suma, nestas três últimas temporadas o Sporting perdeu quase metade de uma equipa (Nuno Mendes, João Palhinha, Matheus Nunes, Pedro Porro e Manuel Ugarte), mas em contrapartida encaixou qualquer coisa como  215 milhões milhões de euros.


A época que agora findou não será exceção, com Ugarte prestes a ser oficializado como reforço dos franceses do PSG a troco de 60 milhões de euros, o valor da cláusula de rescisão, naquela que é a maior venda na era Rúben Amorim (Bruno Fernandes saiu para o Manchester United por 55 milhões de euros, mas com objetivos o valor já ascende a 65 milhões).


Nuno Mendes o primeiro
Logo após a conquista do título de campeão nacional houve dois jogadores com estatuto de intocáveis que saíram do Sporting. João Mário (ver caixa em anexo) e Nuno Mendes, este primeiro por empréstimo mas com venda definitiva por 45 milhões de euros.


A solução encontrada na época seguinte por Rúben Amorim foi a adaptação (com sucesso) de Nuno Santos a lateral e a afirmação plena de Matheus Nunes como o 8.
Mas no final de 2021/2022 outros dois jogadores intocáveis deixaram o leão rumo à mediática Premier League: Matheus Nunes foi para o Wolverhampton e João Palhinha foi para o Fulham, o primeiro a troco de 45 milhões de euros; o segundo por 20 milhões. Aliás, nas grandes transações na era Rúben Amorim, estes dois jogadores foram os únicos negociados abaixo dos valores da cláusula de rescisão. Para a posição 6, Ugarte já estava a ser preparado; para a de 8, Morita foi a (boa) solução encontrada pela SAD no mercado nacional.


Na temporada de 2022/2023 outros dois jogadores imprescindíveis para o treinador rumaram a outras paragens. O primeiro foi Pedro Porro (Tottenham), que saiu logo no mercado de janeiro; agora será Ugarte a caminho do PSG. Duas saídas que a SAD tenta colmatar neste mercado. Duas vendas que equilibram financeiramente  a SAD e que permitem ao Sporting segurar Gonçalo Inácio e Pedro Gonçalves. A não ser que haja algum clube pronto a bater as cláusulas de rescisão (€ 40 M e €80 M, respetivamente).
 

Feddal, João Mário e Sarabia sem retorno financeiro
Nestes três anos que Rúben Amorim leva como líder do futebol sportinguista houve outros jogadores com estatuto de indiscutíveis que, por razões distintas, acabaram por não dar o desejado retorno financeiro aos leões, embora no caso de João Mário o Sporting tenha intentado ações contra o jogador e contra o Inter a reclamar o pagamento de 30 milhões devido à sua transferência para o rival Benfica.


O marroquino Feddal, jogador importantíssimo na conquista do título de 2020/2021, acabou por sair no final da época seguinte, a custo zero, por ter perdido protagonismo na defesa leonina, muito por culpa da afirmação plena de Gonçalo Inácio e da contratação de Matheus Reis.


Outro jogador titularíssimo e que nada rendeu aos cofres do leão foi o espanhol Pablo Sarabia. O esquerdino foi o homem golo na temporada de 2021/2022, mas como estava na condição de emprestado (no âmbito do negócio de Nuno Mendes para o PSG) acabou por regressar ao clube francês antes de sair definitivamente para o Wolverhampton.