Rúben de la Barrera: «Isto não é basquetebol»
Rúben de la Barrera, treinador do Vizela (Foto: D. R.)

Rúben de la Barrera: «Isto não é basquetebol»

NACIONAL18.02.202420:48

A conferência de imprensa do treinador do Vizela

Como justifica este resultado e o que disse à equipa ao intervalo, quando estava a perder por 0-5?

«A proximidade entre o primeiro e segundo golo explica o resto que aconteceu na primeira parte. O intervalo pedi aos jogadores para competirem e agarrar as possibilidades que tinham para competitr. Reforcei o meio campo, tentei aproximar um jogador a Essende, mas na segunda parte o Benfica baixou a intensidade. Podíamos ter convertido o penálti mas há que reconhecer a superioridade do Benfica.»

Sente que tudo o que podia correr mal correu? Erro no primeiro golo, lesão do guarda-redes…

«Não foi bom o que aconteceu, mas na segunda parte tentámo-nos focar na possibilidade de crescermos nestes jogos e nestes 45 minutos.»

Como pensa dar a volta?

«O efeito da tabela classificativa não significa grande coisa, os pontos são os que são. Não é fácil jogar o que queremos jogar neste estádio frente a um adversário assim, mas incomoda-me o que não fizemos ofensivamente, a pressão que permitimos ao Benfica, jogámos curto quando devíamos jogar longo, faltou mais pausa, de fazer girar o jogo e tentar estar mais tempo no meio-campo adversário, algo que tentámos fazer na segunda parte.»

Qual é o seu grande objetivo para este final de época?

«Objetivo é o próximo jogo, queremos competir. Temos de estar prontos no domingo e tentar ganhar. Não podemos viver numa montanha russa permanente, o que interessa é ter o foco a cada dia, a cada treino. Não podemos ter erros não forçados, como aconteceu hoje.»

Qual é a principal mensagem que quer passar à equipa?

«Primeiro há que analisar o que aconteceu, temos de ser conscientes dos erros que cometemos. Erros nos duelos, quando não ganhas a segunda bola estás morto. Na defesa queríamos estar compactos e impedir situações de um para um. Temos de aproveitar cada minuto para crescer, a equipa tem de saber defender mais alto ou mais baixo dependendo da intensidade ofensiva do adversário.»

Sentiu que o Benfica consegui pressionar mais com Tengstedt, Tiago Gouveia e Neres? Ficou surpreendido com as mexidas no onze do Benfica?

«Somos conscientes da qualidade do Benfica, dos jogadores que tem na linha da frente. O que queríamos era incorporar gente durante a posse de bola, mas na primeira parte não superámos essa primeira linha de pressão. Quando estas equipas marcam um e outro, em termos emocionais vão para a frente. Isto não é basquetebol, não podemos pedir time out. Na segunda parte tentámos mudar o cenário, mas o jogo já estava condicionado com esse resultado.»

O que já sabe sobre o seu guarda-redes, que saiu lesionado?

«Foi no adutor e parede abdominal. Outro aspeto negativo é que nunca tivemos a possibilidade de ter todos os jogadores disponíveis»